Jornal de Notícias

Sete anos para regressar ao convívio dos grandes

Beira-Mar Descida ao inferno da 2.ª Distrital arrancou ontem com apenas seis jogadores garantidos, mas com uma meta bem definida

- João Paulo Costa joaopaulo.costa@jn.pt

cresceu ao lado do estádio do clube grande da cidade, quem viu o pai Domingos ali jogar e treinar, só podia chorar se um dia o destino o colocasse como treinador da equipa principal. As lágrimas de Alexandre Silva esgotaram-se quando aceitou, no início deste mês, o convite do Beira-Mar e ontem, no primeiro treino oficial da época, a emoção deu lugar ao trabalho. Não há tempo a perder após a descida ao inferno do histórico de Aveiro, que ainda na época passada jogou na 2.ª Liga.

A 2.ª Divisão Distrital começa a 20 de setembro e os auri-negros só têm seis jogadores garantidos (ver ficha), mas há uma dezena e meia que passaram à segunda fase de observação, “quase todos formados nas escolas do Beira-Mar”, realça José Alexandre Silva, 42 anos, treinador em part-time. “A minha vida já não é o futebol”, frisa quem trabalha numa empresa do município.

Foi também o “amor ao clube” que fez Cristiano aceitar o convite para voltar a calçar as chuteiras aos 38 anos. O defesa, que o Benfica contratou ao Beira-Mar em 2002, e que nos últimos anos jogou no Há Noi, do Vietname. “Não podia negar apoio ao clube que me lançou e só espero que seja o início do regresso à Liga”, afirmou o esquerdino.

A meta está traçada. Nuno Quintaneir­o, presidente-adjunto, acredita que “sete anos” chegarão para recolocar o clube aveirensen­o principal campeonato profission­al. “Este é o primeiro dia da refundação do BeiraMar, feito com gente que se identifica com o clube e não com estranhos. Só poderemos parar quando atingirmos a Liga”, ambiciona o dirigente.

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José Alexandre Silva orientou, ontem, ao início da noite, o primeiro treino da temporada

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