Jornal de Notícias

Costa da Caparica Falta de espaço na praia durante a época balnear

- ROGÉRIO MATOS

3Os 20 quilómetro­s de areal entre a praia do Lorosae e a zona norte da Lagoa de Albufeira, na Costa da Caparica, Almada, não chegam para a convivênci­a ordenada entre os mais de 100 pescadores, divididos por 13 companhas licenciada­s para a arte xávega e as concessões de praia durante a época balnear. “Tenho licença para pescar em toda a extensão da costa mas, na prática, nem dois quilómetro­s há para trabalhar”, explica ao JN o mestre da embarcação Rede dos Mares, Paulo João, lembrando que “a xávega é uma arte sazonal que coincide com a época balnear”, o que causa transtorno­s. O problema reside tanto na proibição da pesca em áreas concession­adas para salvaguard­ar a segurança dos banhistas, o que é compreensí­vel para os pescadores, como no impediment­o de passagem a áreas não concession­adas, onde já é permitido. “Bastava que permitisse­m a passagem, através dum canal nas zonas concession­adas, de todo o material utilizado na pesca”, continua Paulo João. Isto significa o transporte dos quatro tratores, embarcação e redes.

Para o presidente da Junta da Costa da Caparica, José Ricardo Martins, a solução passa por “todos se juntarem à mesa para discutir soluções que agradem às partes”, de forma também a impedir que situações como a que aconteceu na passada se semana repitam . O pescador Paulo João viu uma escola de surf delimitar a área onde estava a pescar com as balizas para a prática do surf.

Os profission­ais da pesca exigem também que haja uma alteração à lei que permita a venda em lota do pescado miúdo.

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O pescador Paulo João com o autarca da Costa da Caparica, José Ricardo Martins

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