Portugal disponível para participar na ofensiva
No âmbito da decisão da União Europeia de recorrer à força militar para combater o tráfico de pessoas no mar Mediterrâneo, o envolvimento português seria ao nível da Marinha e da Força Aérea. Mas até ao fim da tarde de ontem, estes dois ramos das Forças Armadas ainda não tinham diretrizes para preparar nenhuma força, segundo contactos feitos pelo JN.
Da mesma forma, ainda não tinha sido feito nenhum pedido governamental ao Estado-Maior-General das Forças Armadas.
Em todo o caso, fontes da Força Aérea garantiram que estão disponíveis um avião C-295, ou um P-3, se for exigida maior autonomia. Quanto à Marinha, pode empregar uma fragata da classe “Vasco da Gama” e dois helicópteros orgânicos, assim como um submarino, assim como forças especiais para abordagem.
A necessidade de submarinos na força europeia foi avançada pelo “El País” e justifica-se pelo facto de este meio naval ter capacidade de, por sensores ou por periscópio, aproximar-se mais dos alvos e verificar exatamente a sua composição e segui-lo sem ser detetado.
Quanto às forças especiais, são aplicadas nas abordagens, num cenário operacional de conjunto muito similar ao que é normalmente empregue no combate ao tráfico de droga, em que a Força Aérea e Marinha participam regularmente.
A União Europeia decidiu ontem recorrer à força militar para combater o tráfico de pessoas no mar Mediterrâneo, no âmbito da operação naval Eunavfor Med. A medida, que deverá ser implementada em outubro, possibilita aos navios de guerra europeus fazerem buscas, apreensões e desviar embarcações suspeitas.