Um leão à solta no Ave
Rio Ave Heldon marcou dois dos golos da vitória em Paços de Ferreira e não esquece a importância do técnico Pedro Martins
Aos 26 anos, Heldon reencontrou em Vila do Conde a felicidade de jogar com regularidade e marcar golos, assumindo-se na última jornada, na deslocação a Paços de Ferreira, como o homem do encontro ao apontar os dois tentos que sustentaram a vitória do Rio Ave, por 3-0.
Depois de uma primeira passagem de pouco sucesso no Sporting, onde não teve oportunidades para se afirmar e acabou cedido ao Córdoba, de Espanha, o extremo cabo-verdiano deu preferência ao emblema vila-condense para relançar a carreira, voltando a trabalhar com o técnico Pedro Martins, que potenciou a sua afirmação na passagem de ambos pelo Marítimo.
“Foi decisivo na minha carreira, lançou-me na Liga, estivemos quatro anos a trabalhar juntos na Madeira e foi por ele que vim para o Rio Ave”, confessou o jogador, garantindo sentir-se bem em Vila do Conde. “A cidade e as pessoas acolheram-me muito bem. Sinto-me em casa”, garantiu.
O bem-estar psicológico do extremo tem, também, influência no rendimento dentro de campo, com o próprio a admitir que pretende afinar a veia goleadora: “Vou fazer tudo para poder continuar a ajudar a equipa, marcando golos ou fazendo assistências”.
Na partida em Paços de Ferreira, Heldon jogou como ponta de lança, numa posição que o próprio admite não lhe ser estranha. “Já o tinha feito no Marítimo, juntamente com o Sami e o Danilo Dias, na altura em que o Baba saiu. Voltou a correr bem, e mesmo sabendo que não é a minha posição de origem, estarei sempre pronto para ajudar onde o treinador achar melhor”.
Sem lamentar que a sua capacidade de adaptação no ataque não tenha sido aproveitada na passagem por Alvalade, Heldon garante que não há mágoa com os leões: “O Sporting tem uma equipa muito forte e nem todos podiam jogar. Não tenho de guardar mágoa porque além de ser do Sporting [contratualmente] também sou sportinguista. Espero que façam uma boa época”.