Jornal de Notícias

Um leão à solta no Ave

Rio Ave Heldon marcou dois dos golos da vitória em Paços de Ferreira e não esquece a importânci­a do técnico Pedro Martins

- José Pedro Gomes desporto@jn.pt

Aos 26 anos, Heldon reencontro­u em Vila do Conde a felicidade de jogar com regularida­de e marcar golos, assumindo-se na última jornada, na deslocação a Paços de Ferreira, como o homem do encontro ao apontar os dois tentos que sustentara­m a vitória do Rio Ave, por 3-0.

Depois de uma primeira passagem de pouco sucesso no Sporting, onde não teve oportunida­des para se afirmar e acabou cedido ao Córdoba, de Espanha, o extremo cabo-verdiano deu preferênci­a ao emblema vila-condense para relançar a carreira, voltando a trabalhar com o técnico Pedro Martins, que potenciou a sua afirmação na passagem de ambos pelo Marítimo.

“Foi decisivo na minha carreira, lançou-me na Liga, estivemos quatro anos a trabalhar juntos na Madeira e foi por ele que vim para o Rio Ave”, confessou o jogador, garantindo sentir-se bem em Vila do Conde. “A cidade e as pessoas acolheram-me muito bem. Sinto-me em casa”, garantiu.

O bem-estar psicológic­o do extremo tem, também, influência no rendimento dentro de campo, com o próprio a admitir que pretende afinar a veia goleadora: “Vou fazer tudo para poder continuar a ajudar a equipa, marcando golos ou fazendo assistênci­as”.

Na partida em Paços de Ferreira, Heldon jogou como ponta de lança, numa posição que o próprio admite não lhe ser estranha. “Já o tinha feito no Marítimo, juntamente com o Sami e o Danilo Dias, na altura em que o Baba saiu. Voltou a correr bem, e mesmo sabendo que não é a minha posição de origem, estarei sempre pronto para ajudar onde o treinador achar melhor”.

Sem lamentar que a sua capacidade de adaptação no ataque não tenha sido aproveitad­a na passagem por Alvalade, Heldon garante que não há mágoa com os leões: “O Sporting tem uma equipa muito forte e nem todos podiam jogar. Não tenho de guardar mágoa porque além de ser do Sporting [contratual­mente] também sou sportingui­sta. Espero que façam uma boa época”.

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