Penálti safa minhotos já no prolongamento
Faro Braga sofre mas avança para os oitavos de final
bem o previu, Paulo Fonseca, treinador do Braga, melhor o comprovou. O Farense é mesmo uma equipa agressiva, que vendeu cara a derrota. Os minhotos precisaram de prolongamento e de um penálti, convertido por Filipe Augusto, para quebrar a resistência da equipa algarvia e para seguir em frente na Taça.
Num relvado péssimo, a engrenagem da equipa minhota emperrou na areia e no “kick and rush” algarvio, a que teve mesmo de sujeitarse na maior parte do tempo regulamentar. Ultrapassados em quase todos os lances divididos, perdidos nas segundas bolas, os “Guerreiros do Minho” sofreram para travar o rival da 2.ª Liga, que atuou com métodos simples, práticos e utilitários, como aque- les “lançamentos” do lateral direito saudita Saeed, que levaram o pânico à baliza de Matheus. A barra também devolveu um corte defeituoso de André Pinto.
Para o Braga, tudo até podia ter sido mais fácil se tivesse sido marcado um penálti claro (mão de Delmiro, logo aos 17 minutos), mas o certo é que o jogo foi um cabo dos trabalhos, porque a equipa minhota também esteve longe de ser a máquina que Fonseca diz ser a que joga melhor em Portugal.
Após 90 minutos a zeros, apesar de algumas oportunidades para ambos os lados, chegou o penálti (92 m) decisivo. O Braga ainda desperdiçou mais algumas oportunidades flagrantes, mas lá se apurou, após uma dura refrega. Era tudo o que não precisava a quatro dias do importante jogo com o Liberec, para a Liga Europa.
Foi até ao fim. O Rio Ave carimbou o passaporte para os oitavos de final da Taça de Portugal, mas colocou-se muito a jeito para outro desfecho, em Paços de Ferreira, depois de ter ido para o intervalo com dois golos de vantagem.
Um canto, aos 23 minutos, e um lançamento lateral, aos 35, deram a Marcelo e a Heldon duas oportunidades que não foram desperdiçadas, desembrulhando uma prenda com destino a Vila do Conde com a palavra eficácia gravada.
Do lado do Paços de Ferreira, a estatística é o espelho mais fiel da mudança de uma parte para a outra. Nos primeiros 15 minutos da etapa complementar, os castores remataram mais do que na primeira metade toda e o golo, previsível, chegou após bom passe de Pelé e finalização a condizer de Hélder Lopes. Logo a seguir, Diogo Jota desperdiçou o empate e, possivelmente, uma recuperação histórica. Aos poucos, o Rio Ave reconquistou tranquilidade e segurou a vantagem preciosa.
Treinador do Paços de Ferreira