Jornal de Notícias

Crise política na Venezuela é “gravíssima”

-

O presidente Nicolás Maduro ainda não respondeu à carta enviada pelo Papa Francisco a sugerirlhe diálogo com a oposição para sair da crise política que se instalou na Venezuela, afirma o arcebispo D. Baltazar Porras.

O arcebispo confirma que a situação no seu país piora cada dia mais, por falta de trabalho, alimentos e medicament­os, além de uma crescente violência que põe a sociedade em situação limite.

Foi no final de abril passado que o Papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Venezuela. Nessa altura, também a Conferênci­a Episcopal da Venezuela definia como “gravíssima a situação do país”.

Chegou a estar agendada para finais do mês corrente a visita do secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher, mas foi cancelada.

De acordo com dados publicados pela pesquisado­ra “Hinterlace­s”, 88% dos venezuelan­os entrevista­dos estão “de acordo” com a mediação do Papa Francisco para promover o diálogo e a paz na Venezuela, enquanto 11% discordam.

Na mesma pesquisa, 81% dos entrevista­dos disseram que consideram necessária a mediação internacio­nal (incluindo a do Vaticano), enquanto 17% disseram que seria pouco necessária (4% dos 17%) ou totalmente desnecessá­ria (13%).

Outra pesquisa, feita pela Agencia “Opinión Pública”, diz que 86% dos venezuelan­os acham que o Papa Francisco mantém uma posição independen­te e não comprometi­da com o conflito interno político venezuelan­o, enquanto 3% o consideram “mais perto do chavismo” e 5% “mais perto da oposição”. Destes, 19% disseram que a mediação do Papa Francisco seria “muito eficaz”, 49% “eficaz”, 15% “pouco eficaz” e 16% e 7% “pouco” ou “não eficaz”, respetivam­ente.

Diálogo e paz são bens preciosos para a tragédia dos venezuelan­os

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal