Estacionamento pago bem recebido na cidade
Felgueiras Alguns automobilistas e comerciantes acreditam que haverá mais rotatividade de lugares
Foi ainda de uma forma pouco efetiva que o estacionamento voltou a ser pago nas principais ruas de Felgueiras e da Lixa. Ontem, no primeiro dia em que a medida entrou em vigor, funcionários da Autarquia ainda pintavam alguns dos lugares disponíveis, a Polícia Municipal não fiscalizava quem não metia a moeda no parcómetro e ainda havia quem não soubesse que o estacionamento deixou de ser, cinco anos depois do pagamento ter sido suspenso, gratuito.
“Não sabia que se pagava. Estacionei sem pagar”, admitiu Manuel Cunha, enquanto entrava para o carro parado, há largos minutos, em frente à Câmara.
Mesmo assim, o habitante da freguesia Sousa afirmou ao JN que não via “mal nenhum” em pagar para estacionar a viatura numa das 11 ruas abrangidas pela decisão do Executivo municipal. “Paga-se em todo o lado. E agora será mais fácil arranjar um lugar, porque as pessoas vão tirar o carro depois de terem feito o que tinham a fazer”, justifica. Ismael Ferreira é da mesma opinião: “Quem vier aos serviços públicos e às lojas vai ter sempre lugar”. “Os funcionários da Câmara e dos bancos ocupavam os lugares durante todo o dia e os clientes das lojas não tinham onde estacionar. Hoje já há muito espaço livre”, acrescenta Liliana Teixeira, da Ourivesaria José Luís Barros.
Posição diversa é defendida por Daniela Silva, funcionária de uma
Um lugar de estacionamento anual custa cerca de mil euros
Quem fizer compras rápidas beneficia, mas outras vão evitar fazer compras para não as levar para longe” Sílvia Ferreira Comerciante
Sendo a pagar, até eu vou evitar estacionar no centro, mas não me importo. Até faz bem andar um pouco a pé” José Pinto Automobilista
Concordo. Assim as pessoas já não param o carro todo o dia no mesmo local e há mais lugares disponíveis” Luís Ribeiro Automobilista
papelaria em Felgueiras. “Os clientes não estão dispostos a pagar e se forem multados vão deixar de vir”, prevê. “Se quisesse comprar um lugar em frente à loja tinha de pagar mil euros por ano. É muito caro”, lamenta Sílvia Ferreira, da Tropicário.