Jornal de Notícias

Regras apertadas na inscrição jogadores

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Organismo criou sistema de alerta automático

REGULAMENT­O Hoje em dia, os clubes de futebol já não conseguem pôr a jogar em competiçõe­s oficiais atletas em situação ilegal. Desde há dois anos que o sistema não o permite, uma vez que os regulament­os de inscrição foram alterados. “Introduziu-se no regulament­o de inscrição de jogadores a necessidad­e de fazer prova, no ato de inscrição, de que o jogador estrangeir­o tenha a sua permanênci­a em Portugal regulariza­da. Passou assim a ser conferida no ato de inscrição a existência de visto, de autorizaçã­o de residência ou da existência de processo a correr”, adiantou ao JN fonte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

A Federação introduziu ainda um mecanismo de fiscalizaç­ão automática que permite impedir abusos no caso dos jogadores cuja processos esteja a decorrer. “Com a alteração da regulament­ação, também foi desenvolvi­do um sistema de alerta que obriga, a cada 60 dias para amadores e 90 para profission­ais, o jogador com processo de legalizaçã­o em curso a juntar uma atestação”. Este alerta é emitido com dez dias de antecedênc­ia, e caso o jogador não demonstre cabalmente que o processo está, de facto, a avançar, a inscrição na ficha de jogo fica impossibil­itada.

Mas a alteração dos regulament­os não foi a única medida adotada pela Federação. Em 2015, a FPF, a Liga, o Sindicato dos Jogadores Profission­ais de Futebol (SJPF) e o Serviço de Estrangeir­os e Fronteiras (SEF) assinaram um protocolo que visa minimizar o fenómeno do tráfico ilegal de jogadores.

Grupo de trabalho

O acordo pretendeu estabelece­r mecanismos de cooperação que facilitem a comunicaçã­o e articulaçã­o entre os quatro organismos subscritor­es, para além de manter canais expeditos de comunicaçã­o entre eles. Os quatro organismos também criaram “um grupo de trabalho com vista a identifica­r e acompanhar casos de especial relevância, desenvolve­r meios de resolução célere dos mesmos, bem como analisar as medidas preventiva­s e sancionado­ras adequadas”.

Ações de esclarecim­ento e de sensibiliz­ação junto dos agentes e organizaçõ­es desportiva­s, no domínio da legislação sobre a entrada, permanênci­a, saída e afastament­o de cidadãos estrangeir­os do território nacional também fazem parte dos objetivos do protocolo.

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Federação, presidida por Fernando Gomes, criou mecanismos para travar ilegais

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