Jornal de Notícias

Função Pública Todos os precários podem concorrer à regulariza­ção

Função Pública Entrada nos quadros não está vedada a ninguém e a utilidade atual do funcionári­o é decisiva

- Lucília Tiago ltiago@dinheirovi­vo.pt

Todos os trabalhado­res da administra­ção pública em situação precária vão poder apresentar um requerimen­to para que o seu caso seja avaliado no âmbito do programa de regulariza­ção dos precários do Estado. Esta avaliação será feita tendo em conta a sua situação atual e não o motivo pelo qual foram contratado­s. Ou seja, a utilidade atual do funcionári­o para o seu serviço será um critério fundamenta­l.

Esta será uma das alterações ao projeto de portaria que regula de que forma vão ser avaliados os pedidos dos precários para integrar os quadros, segundo afirmou, ontem o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administra­ção Pública (Fesap), no final de uma nova ronda negocial entre o Governo e os sindicatos. “Esta formulação, acentua, permitirá que se analisem contratos de substituiç­ão com seis e mais anos de duração”, sublinhou José Abraão.

Esta solução permitirá que as pessoas que prestam serviço em organismos públicos através de contratos de aquisição de serviços (outsourcin­g) ou com contratos a prazo – que visaram fazer face a acréscimos pontuais de atividade ou para substituir um trabalhado­r permanente – também possam fazer um requerimen­to.

Na leitura do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), a portaria merece reparos. “Não faz sentido que o trabalhado­r requeira “a avaliação da adequação do seu vínculo. Porque se está há dez ou 20 anos em situação precária, é óbvio que o vínculo não é adequado”, afirmou Helena Rodrigues.

Para Ana Avoila, coordenado­ra da Frente Comum, deveriam ser os serviços (e não as comissões, onde têm assento representa­ntes dos ministério­s e dos sindicatos) a definir os casos que correspond­em a necessidad­es permanente­s, cabendo às comissões intervir quando houvesse falta de entendimen­to entre o serviço e o trabalhado­r.

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Ana Avoila, coordenado­ra da Frente Comum, quer que sejam os serviços a listar e distinguir os precários do Estado

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