Bastonário da Ordem dos Médicos quer parecer sobre vitamina D
O consumo acima do habitual de vitamina D em Portugal e as dúvidas sobre a fiabilidade dos “kits” utilizados no diagnóstico do défice daquela vitamina levaram o bastonário da Ordem dos Médicos a solicitar, ontem, pareceres a colégios de cinco especialidades clínicas.
Miguel Guimarães pediu aos colégios das especialidades de patologia clínica, de medicina geral e familiar, de reumatologia, de ortopedia e de medicina interna da Ordem dos Médicos que se pronunciem sobre os métodos de diagnóstico de insuficiência de vitamina D, incluindo a indicação dos valores considerados normais em Portugal e no estrangeiro e as recomendações nacionais e internacionais sobre o tratamento em caso de défice da vitamina.
“São os colégios de especialidades que possuem maior proximidade com esta área. A Ordem dos Médicos tem a obrigação de dar uma resposta sobre as boas práticas clínicas”, considera Miguel Guimarães ao JN, que aguarda, também, pelo esclarecimento célere do Infarmed sobre a fiabilidade dos meios de diagnóstico de insuficiência de vitamina D.
“Queremos saber quais os kits mais adequados, porque está em causa a saúde pública dos portugueses. Esta questão é prioritária e a resposta do Infarmed tem de ser rápida e transparente”, apela o bastonário, tendo em conta que tanto o défice de vitamina D como o consumo desnecessário de fármacos têm efeitos negativos na saúde dos cidadãos.
Recorde-se que o Ministério da Saúde já deu conta de que o Infarmed, a Direção-Geral de Saúde e o Instituto Ricardo Jorge estão a estudar o problema.