“Alexandre Herculano” sem obras
Porto Pais exigem resposta do Ministério da Educação
Quase três meses depois de ter sido forçada a encerrar e “contrariamente ao prometido, não foi implementada nenhuma obra de melhoria pontual ou definitiva” na Escola Secundária Alexandre Herculano, no Porto. A denúncia é da associação de pais, que, no mês passado, enviou um pedido de informação sobre a requalificação da escola ao Ministério da Educação e ainda não obteve qualquer resposta. A tutela também não respondeu às questões do JN.
Os pais confessam “fortes preocupações pelo facto de se manterem e agravarem os fatores de risco e as condições de desconforto para os alunos que integram as turmas do 9.º ao 12.º ano que ali realizam as suas atividades escolares”. E, na carta enviada, queixam-se de que, “na verdade, para além de se ter procedido à interdição da circulação de pessoas em alguns espaços e à reafetação daquelas turmas a outras salas”, “ainda não se verificou nenhuma intervenção no edifício, contrariamente ao que foi concertado com a secretária de Estado Adjunta e da Educação”.
Os pais lembram que, no final de janeiro, a governante visitou a Alexandre Herculano e garantiu que iria ser alvo de uma intervenção “imediata e urgente” que permitisse o retomar das aulas e, depois, uma “mais profunda”, para recuperar o edifício centenário.
O JN tentou obter um esclarecimento junto do Ministério da Educação sobre o tipo, financiamento e calendarização da intervenção, mas não obteve resposta. Também não foi possível contactar a direção da escola.
300 alunos foram transferidos Recorde-se que a escola esteve encerrada por alguns dias devido às más condições de conforto e ao perigo que representava para os alunos. Após uma reunião, Ministério, a direção da escola e os pais e encarregados de educação concordaram com uma transferência temporária dos 300 alunos dos 7.º e 8.º anos para a vizinha Escola Ramalho Ortigão. A medida iria permitir a realização de obras mínimas urgentes e concentrar os restantes 600 alunos dos 9.º ao 12.º anos nas zonas menos degradadas do edifício. Na altura, foi assegurado aos encarregados de educação que a escola já estava sinalizada e que iria ser alvo de uma requalificação estrutural, já identificada como urgente pela Parque Escolar em 2009.