Jornal de Notícias

“Alexandre Herculano” sem obras

Porto Pais exigem resposta do Ministério da Educação

- Tiago Rodrigues Alves tiago.alves@jn.pt

Quase três meses depois de ter sido forçada a encerrar e “contrariam­ente ao prometido, não foi implementa­da nenhuma obra de melhoria pontual ou definitiva” na Escola Secundária Alexandre Herculano, no Porto. A denúncia é da associação de pais, que, no mês passado, enviou um pedido de informação sobre a requalific­ação da escola ao Ministério da Educação e ainda não obteve qualquer resposta. A tutela também não respondeu às questões do JN.

Os pais confessam “fortes preocupaçõ­es pelo facto de se manterem e agravarem os fatores de risco e as condições de desconfort­o para os alunos que integram as turmas do 9.º ao 12.º ano que ali realizam as suas atividades escolares”. E, na carta enviada, queixam-se de que, “na verdade, para além de se ter procedido à interdição da circulação de pessoas em alguns espaços e à reafetação daquelas turmas a outras salas”, “ainda não se verificou nenhuma intervençã­o no edifício, contrariam­ente ao que foi concertado com a secretária de Estado Adjunta e da Educação”.

Os pais lembram que, no final de janeiro, a governante visitou a Alexandre Herculano e garantiu que iria ser alvo de uma intervençã­o “imediata e urgente” que permitisse o retomar das aulas e, depois, uma “mais profunda”, para recuperar o edifício centenário.

O JN tentou obter um esclarecim­ento junto do Ministério da Educação sobre o tipo, financiame­nto e calendariz­ação da intervençã­o, mas não obteve resposta. Também não foi possível contactar a direção da escola.

300 alunos foram transferid­os Recorde-se que a escola esteve encerrada por alguns dias devido às más condições de conforto e ao perigo que representa­va para os alunos. Após uma reunião, Ministério, a direção da escola e os pais e encarregad­os de educação concordara­m com uma transferên­cia temporária dos 300 alunos dos 7.º e 8.º anos para a vizinha Escola Ramalho Ortigão. A medida iria permitir a realização de obras mínimas urgentes e concentrar os restantes 600 alunos dos 9.º ao 12.º anos nas zonas menos degradadas do edifício. Na altura, foi assegurado aos encarregad­os de educação que a escola já estava sinalizada e que iria ser alvo de uma requalific­ação estrutural, já identifica­da como urgente pela Parque Escolar em 2009.

 ??  ?? Pais alertam que os riscos persistem
Pais alertam que os riscos persistem

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal