Jornal de Notícias

Homem morre em acidente brutal junto à residência

Maia Acidente na EN14 fez ainda dois feridos. Enfermeira do IPO auxiliou vítimas

- Marta Neves martaneves@jn.pt

Um aparatoso acidente, envolvendo dois automóveis, ontem ao início da manhã, na EN 14, na ligação à A41, fez um morto e dois feridos graves. O choque foi de tal forma violento, que duas caixas de eletricida­de, encostadas ao muro de um prédio, ficaram destruídas. Também um poste caiu e o raile entrou por um dos carros, pela janela do passageiro.

Júlio Azevedo, 62 anos, conhecido pelos vizinhos por ter o costume de andar “muito a pé” naquela zona, perdeu a vida, próximo de casa. Os dois feridos, um casal, de 23 e 26 anos, de Lavra (Matosinhos), estão internados no Hospital de S. João, no Porto, em estado grave.

Susana, enfermeira no IPO, ia a caminho do trabalho quando se apercebeu do acidente. “Vi uns carros a abrandar à minha frente e apercebi-me de um homem na estrada, ao telefone, que devia estar a contactar o INEM. Perguntei se precisava de ajuda e prontament­e parei o carro para assistir as vítimas”, contou.

Foi ao telefone com o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), que Susana foi passando informaçõe­s do estado dos feridos. “O primeiro carro que vi foi o preto, que estava capotado na faixa de rodagem. Ainda falei com o condutor, que estava consciente, mas de- pois apercebi-me de outra vítima, de um carro branco imobilizad­o alguns metros à frente, e em paragem cardiorres­piratória”, contou a enfermeira, que logo iniciou “manobras de reanimação, até à chegada da viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de S. João”. “Moralmente, não podia arrancar sem prestar auxílio”, desabafou Susana.

Em S. Pedro de Avioso, o dono do Café Ginásio contou ao JN que “era costume, todos os fins de semana, Júlio ser dos primeiros clientes” – aproveitan­do o facto de a filha morar próximo – , e ontem estranhou a sua ausência. “Só depois soube do acidente. Foi uma desgraça”, referiu o homem.

No local do acidente estiveram também os Bombeiros Voluntário­s de S. Mamede Infesta e de Moreira da Maia.

Faço esta estrada todos os dias para ir trabalhar e nunca me deparei com um acidente desta violência. Moralmente, não podia arrancar sem prestar auxílio”

Susana

Enfermeira no IPO

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Viatura onde seguia um casal de Lavra ficou totalmente destruída
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