Burla Assistente social vendia casas de idosos que conheceu em lares
Grande Porto Mulher acusada de dezenas de burlas após ter sido despedida da Segurança Social. Vendia casas de idosos que conheceu em lares sem eles saberem
3Foi despedida da Segurança Social por causa de irregularidades e, após ter passado por lares de terceira idade, onde arranjou documentos de reformados, começou uma longa série de burlas na compra e venda de imóveis. A mulher, de 47 anos, a residir no Porto, até seduziu um idoso, que drogava com comprimidos para poder manipulá-lo e sacar-lhe os bens. Durante três anos, tornouse uma “profissional das burlas”.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), Margarida Rosa T., atualmente em prisão preventiva e que começa em breve a ser julgada no Tribunal S. João Novo, no Porto, cometeu várias burlas durante três anos. Conseguiu enganar idosos, proprietários de apartamentos e armazéns, notários, comerciantes, empresas imobiliárias, representantes da BMW e ainda funcionários de conservatória.
A mulher, que usava dois nomes, falsificou inúmeros documentos e conseguiu fabricar falsas procurações e cheques, e também utilizou bilhetes de identidades extraviados para burlar.
Seduziu viúvo rico
Uma das vítimas da burlona foi um abastado viúvo, de 79 anos, que tinha acabado de vender um hotel, no Porto. Como o homem também tinha colocado a casa à venda, Margarida Rosa apresentou-se como mediadora imobiliária e começou a ganhar confiança do viúvo, que estava transtornado, desanimado e carente, por ter perdido a mulher.
Margarida Rosa, que até era parecida com a falecida mulher do viúvo, seduziu-o e até dormia na mesma cama, para melhor “controlá-lo”. Em meados do ano passado, conseguiu fazê-lo acreditar que pretendia ter um relacionamento amoroso sério, e levou-o a a aceitar ingerir comprimidos que o colocassem num estado de sonolência e alheamento. Assim, o homem era incapaz de negar fazer o que ela lhe pedisse.
Conseguiu levá-lo ao banco, onde manipulou o idoso para que ordenasse uma transferência de 37 500 euros, que só não foi consumada porque a gerente de conta a cancelou, por desconfiar da lucidez do cliente. Ainda assim, conseguiu ficar com um cartão multibanco da vítima, que usou para comprar um Smart e retirar vários milhares de euros. Sacoulhe ainda um Mercedes, de 55 mil euros, e abriu uma conta conjunta. Dois meses depois, seria detida pelas autoridades.