Barcelona na pista de ataques jiadistas
Espanha Polícia detém onze suspeitos de ligações terroristas. Quatro “relacionados” com atentados de Bruxelas
Onze pessoas foram detidas em Espanha, suspeitas de ligações a organizações jiadistas, quatro das quais poderão estar relacionadas com operacionais dos atentados de março de 2016 em Bruxelas, que causaram 35 mortos e 300 feridos.
Numa operação – batizada “Apolo” – desencadeada pelas 4.30 horas em 12 locais da Área Metropolitana da Catalunha, 350 agentes dos Mossos d’Esquadra (polícia catalã), da Polícia Nacional e da Polícia Federal Belga detiveram nove pessoas – oito marroquinos e um espanhol.
Os detidos, com idades entre os 31 e os 39 anos, são suspeitos de pertencer a organização terrorista e associação criminosa ligada ao tráfico de droga, posse ilegal de armas, branqueamento e apropriação ilícita de dinheiro.
As investigações decorriam há nove meses, mas as autoridades reconheceram não possuir elementos mostrem que os suspeitos preparassem algum ato terrorista. Esperam obtê-los no material apreendido, especialmente equipamento informático e armas.
Segundo a agência Europapress, pelo menos quatro dos detidos estarão relacionados com Yassime Atar, irmão do presumível cérebro dos ataques de 22 de março de 2016 no aeroporto de Zaventem e no metro de Bruxelas, Ossama Atar, ainda procurado. Estes são primos dos irmãos Ibra- him e Khalid El Bakraoui, os bombistas suicidas do aeroporto.
Também ontem, a Guarda Civil deteve dois homens, de 41 e 49 anos, em El Espinar e Los Ángeles de San Rafael, na região de Castela e Leão, por alegada ligação a um cidadão egípcio detido, sábado, em El Espinar.
As empresas dos dois homens, um espanhol e outro marroquino, mantêm relações com outras em vários países, tendo como denominador comum a participação do egípcio, que residia na Alemanha e contra o qual pendia um mandato de detenção. Os lucros serviriam para financiar o terrorismo.