PGR confirma 26 mortes nas ruas
Venezuela Manifestações contra e a favor de Maduro
A procuradora-geral da República da Venezuela confirmou ontem que 26 pessoas morreram nas últimas três semanas, durante as manifestações pró e contra o Governo, que hoje voltam às ruas, convocadas pela Oposição para exigir a demissão do presidente, Nicolás Maduro.
“Condeno todos os atos de violência ocorridos no país. Sou uma mulher de paz e expresso os meus mais sentidos pêsames pelas 26 pessoas falecidas durante os acontecimentos violentos no país”, disse Luísa Ortega Díaz.
Falando numa conferência de imprensa para um balanço das investigações do Ministério Público às recentes situações de violência, sublinhou que “a política não deve conduzir-nos à guerra”, pois “é a confrontação de ideias”.
Durante as manifestações, 473 pessoas ficaram feridas e 1289 foram detidas, mas podem ou não ser acusadas. Outras 65 estão oficialmente privadas de liberdade, mas, assegurou Luísa Ortega Díaz, o MP tem zelado pela sua integridade.
“Há muitas coisas para investigar, apenas estamos começando e estamos trabalhando para sancionar os responsáveis, para que não haja impunidade. Temos acompanhado também os familiares e estamos investigando os danos a propriedades públicas e privadas”, sublinhou.
Para a procuradora, tanto o Governo como a oposição devem esforçar-se para retomar o diálogo. “Requeremos voltar ao diálogo, para construir agendas que permitam saídas democráticas. Ninguém deseja um cenário de confrontação bélica. A paz não se decreta, constrói-se com ações e na Venezuela devemos deixar de nos vermos como inimigos, temos que terminar com as diferenças políticas”, disse.