Almeida Autarcas barricados adiam encerramento de balcão da CGD
Almeida População juntou-se ao protesto iniciado pelo vice-presidente, o vereador e o presidente da Junta
Nem foi precisa a intervenção dos militares da GNR porque, a meio da tarde de ontem, a gerência da Caixa Geral de Depósitos comunicou que o balcão de Almeida já não fecha hoje, como estava previsto. Diante do propósito de alguns autarcas que se barricaram nas instalações do banco, exigindo ser recebidos pelos dirigentes locais da instituição, ficou assente que não será tomada qualquer decisão definitiva antes de uma reunião entre as partes: em Lisboa, no próximo dia 2 de maio.
“Só quem não luta pelas suas causas é que não obtém resultados”, disse, ao JN, o vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida. Indignado com a inclusão de Almeida na lista dos 61 balcões a encerrar até ao final do mês, José Alberto Morgado decidiu barricar-se no interior da instituição bancária, ladeado por António José Machado, outro dos vereadores da Autarquia, que será o cabeça de lista pelo PSD nas eleições autárquicas deste ano, e ainda pelo presidente da Junta de Freguesia da aldeia histórica.
Freguesias substituem Caixa “Não saio daqui enquanto não me receberem e não derem informações sobre o futuro deste balcão’’, referia o número dois da atual equipa camarária ao JN logo ao início da tarde. E, na verdade, só saiu depois de ficar estabelecida uma base de negociação que ainda não se sabe como termina. E, talvez por isso, ao final do dia a população ainda se mantinha no interior da Caixa.
Com o auxílio das juntas de freguesia, o Governo garantiu que a Caixa Geral de Depósitos vai continuar a assegurar a prestação de alguns serviços bancários nas localidades onde os balcões vão fechar. “Existem freguesias onde já houve acordo entre as freguesias e a própria Caixa para que nas instalações dessas freguesias sejam prestados os serviços” bancários, disse o secretário de Estado Adjunto e das Finanças na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que decorreu durante a manhã de ontem.
De acordo com a Agência Lusa, Ricardo Mourinho Félix lembrou que a decisão de encerramento de balcões cabe à administração da Caixa, assegurando que a posição do Governo foi apenas a de fazer um conjunto de orientações sobre os critérios a seguir e que o Executivo “não vai interferir na gestão do dia a dia” do banco público.