Alunos conhecem hoje enunciados das provas
Aferição Nova avaliação vai tirar “fotografia” às condições das escolas do 1.º ciclo
Os alunos do 2.º ano conhecem hoje os enunciados das duas provas de aferição a Expressões (Físico-Motora e Artísticas) que vão fazer entre 2 e 9 de maio. O Ministério da Educação resolveu divulgar antecipadamente os guiões para acautelar a equidade de quem fará a avaliação primeiro.
Numa reunião com jornalistas, ontem, no Ministério da Educação, o secretário de Estado João Costa admitiu que as provas – inéditas no país e na Europa – vão tirar “uma fotografia ao sistema” e permitir aferir não só o desempenho dos alunos como as condições das escolas para cumprirem o currículo das Expressões. “Pela primeira vez, vai fazer-se um levantamento sistemático do que acontece nas escolas portuguesas”, disse.
Há um mês, o JN avançou que as escolas de 1.º ciclo não possuíam todos os equipamentos para realizar as provas e que os alunos iam testar exercícios para os quais não tinham treinado. Nalguns casos, as escolas sede dos agrupamentos ti- veram de emprestar os materiais em falta, noutros foram as câmaras a comprá-los. A tutela, garantiu João Costa, não tem informação de escolas que não possam realizar as provas. Mas, se for aferida alguma falha no cumprimento do currículo ,serão aprovadas medidas, admitiu o governante. “É para isso que estamos a aferir todo o currículo.”
Provas sem papel e lápis
“Avaliar não é apenas fazer provas de papel e lápis”, frisou João Costa. A aferição a Expressões será, naturalmente, prática. Os alunos terão de fazer uma sequência de tarefas, individualmente ou em grupo, como jogos, por exemplo, que serão observadas por dois professores classificadores, explicou Hélder Sousa, diretor do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), responsável pela produção das provas de aferição e exames.
Os estabelecimentos vão ter seis dias para realizarem as provas, que exigem uma logística pesada em termos de recursos e espaço livre. Os agrupamentos podem dividir o calendário entre as escolas de 1.º ciclo e turmas. Mas a ideia, frisou João Costa, é que os alunos dos outros anos “tenham um dia de aulas normal”.