Tempos de espera vão ser reduzidos
HOSPITAIS O Ministério da Saúde já definiu os tempos máximos que os utentes vão esperar por alguns exames e outros meios de diagnóstico e terapêutica no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os prazos – 15 dias para a radioterapia, 30 dias para a medicina nuclear e angiografia e 90 dias para as endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas – entram em vigor até ao final do ano, anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, em entrevista ao jornal Público. Até aqui só havia tempos limite legislados para cateterismos e pacemakers.
Os tempos máximos de resposta para as primeiras consultas de especialidade vão baixar de cinco para quatro meses e o período findo o qual o utente recebe um vale para fazer uma cirurgia fora por falta de resposta no SNS vai diminuir de nove para seis meses.
Fernando Araújo explicou que para concretizar aqueles objetivos vai pagar mais aos médicos que façam consultas fora de horas, num valor que “pode ir dos 12 aos 19 euros”, à semelhança do que já acontece há mais de dez anos com as cirurgias. A ideia é reduzir a despesa com a realização destes atos em unidades privadas e do setor social, com quem o SNS tem acordos, para suportar os custos resultantes deste trabalho suplementar, refere o governante.
Os doentes cardíacos também vão ter prioridade dentro do SNS, tal como os doentes oncológicos já têm. Por exemplo, nos casos de cardiopatia isquémica e insuficiência cardíaca grave, o tempo máximo para uma consulta será de 15 dias e no caso de uma patologia cardíaca com potencial indicação cirúrgica será de 30 dias, afirmou Fernando Araújo.