Seis vítimas de investidas de cães por semana
GNR registou no ano passado 151 autos por falta de seguro
Ao longo de 2016 e no primeiro trimestre deste ano, a GNR registou 301 ataques cometidos por cães, originando um total de 355 vítimas, numa média de seis por semana.
De acordo com os dados do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), no primeiro trimestre deste ano já foram participados 65 ataques, com 71 vítimas, uma diminuição comparativamente a igual período de 2016 (71 ataques com 85 vítimas). Em todo o ano passado, foram registados 236 ataques, com consequências para 284 pessoas.
O major Ricardo Alves, do SEPNA, explicou ao JN que estas estatísticas referem-se não só a cães classificados como perigosos, embora representem a maioria, mas também a outras raças e até vadios. Normalmente, os ataques ocorrem na via pública, podendo ter vários vítimas numa só ocorrência, e, em menor percentagem, em residências, num contexto familiar.
Há situações em que os cães fogem dos domicílios por não terem sido tomadas as necessárias medidas para a sua guarda, acabando por ferir vizinhos e transeuntes.
De acordo com o mesmo responsável da GNR, em cerca de 90% dos casos os proprietários dos animais são identificados pelas autoridades, que tentam depois apurar se os incidentes configuraram situações de negligência.
No ano passado, em fiscalizações a cães de raças perigosas, a força policial instaurou 151 autos de contraordenação por falta de seguro obrigatório e 26 autos por incumprimento de deveres de cuidado e vigilância, designadamente o não uso de trelas e de açaimes.