Jornal de Notícias

Vai preso 16 anos por matar cunhada

Maia Arguido confessou que “não sabe o que lhe passou pela cabeça”

- Óscar Queirós justica@jn.pt

O homem que, em setembro do ano passado, na Maia, estrangulo­u a cunhada, que o criou desde a infância e escondeu o cadáver na garagem da casa onde residiam, foi ontem condenado, no Tribunal de Matosinhos, a 16 anos e dez meses de prisão, pelos crimes de homicídio qualificad­o e profanação de cadáver.

Para o coletivo, pela voz da juiz-presidente, não há dúvidas que José Carlos Monteiro, de 50 anos, ajudante de padeiro no desemprego, matou “traiçoeira­mente” a cunhada.

O crime aconteceu ao final da tarde de 6 de setembro de 2016. O arguido, após uma discussão em que a viúva do irmão o criticava por não arranjar trabalho para ajudar nas despesas da casa, aproveitan­do o facto de ela estar sentada a ver televisão, deitou a mão a um cordão e, sem qualquer aviso, apertou-lho no pescoço até a asfixiar.

Depois, colocou o cadáver da cunhada – que o criara como filho desde os 6 meses – numa cadeira de rodas, cobriu-o com um edredão e escondeu-o na garagem que fechou à chave.

Confessou homicídio

Em tribunal,Carlos confessou integralme­nte “e sem reservas” o que lhe imputava a acusação, não conseguind­o, porém, dizer porque o fizera.

“Não sei o que me passou pela cabeça”, disse, acrescenta­ndo o seu arrependim­ento. A confissão foi tida em conta pelo tribunal que acreditou, até pela ausência de antecedent­es criminais, que se tratara de “um momento único e mau na sua vida”, esperando “que não voltará a repetir” quando sair em liberdade.

Noémia Correia Pires, a defensora, mostrou-se satisfeita por “o coletivo ter sido sensível às circunstân­cias” e ter “acreditado” no seu cliente. “Fez-se justiça neste tribunal”, salientou.

Ajudante de padeiro disse não explica porque matou mulher que o criou

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Homicida escondeu mulher morta na garagem sentada na cadeira de todas

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