Jornal de Notícias

Rede estratégic­a falha mas dá lucros de 6,6 milhões

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A rede estratégic­a SIRESP acumulou graves falhas durante o combate ao fogo em Pedrógão, onde morreram 64 pessoas. Mas o mesmo sistema, em contrapart­ida, deu em 2016 lucros de 6,675 milhões aos acionistas, associados na empresa SIRESP, SA.

Os beneficiár­ios diretos são a Galilei, que antes era a Sociedade Lusa de Negócios, do BPN, com 33% do capital, a PT Participaç­ões, com 30,55%, a Motorola, que detém 14,9%, a empresa de segurança Esegur, do universo Espírito Santo, com 12%, e a Datacomp, com 9,55%.

No entanto, já em 2015, a SIRESP, SA, tinha dado um lucro superior a três milhões de euros e 749 mil euros em 2014. Na prática, a SIRESP, SA, tem vindo a ter uma atividade lucrativa sempre em crescendo, acompanhan­do a expansão cada vez maior a nível de clientes, o que resultou de uma parceria público-privada (PPP) entre o Ministério da Administra­ção Interna e as várias empresas que constituem a SIRESP, SA.

O volume de negócios tem sido em crescendo dado o facto de, atualmente, todas as forças de segurança e de proteção serem clientes da firma, através da Secretaria-Geral do Ministério da Administra­ção Interna, que gere o sistema do lado do Estado e funciona como elo de ligação à SI- RESP, SA. Atualmente os clientes da rede são a PSP, GNR, SEF, PJ, SIS, SIED, ANPC, Proteção Civil e Corpos de Bombeiros Voluntário­s. Mas as funções do SIRESP não se ficam apenas pela ligação rádio a rádio. Quando o Estado contratual­izou um pagamento de 475 milhões, assinado por António Costa, então MAI, em 2005, o objetivo era fazer a ligação entre todas as forças, o que agora falhou.

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