Deram 3100 euros para ter o gosto de levar S. Pedro
GAIA Antonieta Rodrigues, dona do restaurante A Margem, na Afurada, Gaia, é repetente nas andanças de levar o andor de S. Pedro na procissão que sai à rua em devoção ao santo. Mas no passado sábado – dia em que foram abertos os mealheiros de quem contribuiu durante todo o ano para a festa – longe estava de imaginar que o padroeiro ia de novo bater-lhe “à porta”.
“Não são só os donos do restaurante que ficam contentes por este feito. E sinal de que somos uma grande equipa foi o que se passou no dia de abertura dos mealheiros: ainda não me tinham telefonado a contar a novidade, e já os meus funcionários (que aguardaram a contagem à porta de onde estava reunida a comissão de festas) tinham chegado ao restaurante contentes com a notícia”, contou a proprietária.
“Como a pessoa não está a contar levar o andor, por vezes retraise nas doações, mas 3100 euros chegaram para este ano ter o gosto de, mais uma vez, levar o santo”, desabafou Antonieta, lembrando que “já houve anos” em que desembolsou sete mil euros.
Também enfeita o santo
Mas engana-se quem pensa que as despesas inerentes ao andor ficam apenas reservadas ao dia da procissão, marcada para as 16 horas do próximo domingo.
Num ano em que “não houve grandes ganhos”, Antonieta tem igualmente o gosto de enfeitar S. Pedro desde o dia de S. João.
Por agora, a sua preocupação prende-se em arranjar “homens suficientes para levar o andor”. “São precisos uns 16, mas o melhor é conseguir ter 20 para se revezarem”. Daí que outra preocupação é que “não esteja muito calor para os homens não sofrerem tanto”. Em homenagem à mãe, devota de Santa Teresinha, Antonieta é também responsável por levar esse andor na procissão.
Dos barcos que mais dinheiro deram à festa, destacou-se o “Mestre da Galileia”.