Jornal de Notícias

Técnicos querem ser os intermediá­rios chave na construção

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A Associação dos Agentes Técnicos de Arquitetur­a e Engenharia (AATAE) está satisfeita com a aprovação, na quarta-feira, no Parlamento, dos diplomas que são “uma reposição da verdade, pois reconhece as funções dos técnicos de engenharia e arquitetur­a”.

O presidente da AATAE, Craveiro Amaral, afirmou que ainda falta cumprir algumas reivindica­ções, para que os cerca de 400 profission­ais, que sempre tiveram aquela profissão, possam voltar a exercê-la, “depois de terem sido impedidos legalmente em 2009”.

A questão, sublinhou Craveiro Amaral, “não é fazer o trabalho dos arquitetos ou engenheiro­s”. E contrapôs: “A nossa profissão é a de intermediá­rio que faz a ponte entre o dono da obra e o projeto, verificand­o a qualidade e o dinheiro”.

Para clarificar que a intenção da AATAE “não é” assinar projetos, o presidente salientou que, “no prazo de cerca de 10 anos, nenhum dos técnicos estará a assinar. Durante esse período, só o farão os que já o faziam, os restantes terão que voltar à escola e adquirir novas competênci­as”.

Nesse sentido, a associação já tem estruturad­o com escolas superiores o plano de estudos para o novo curso, que depois será aprovado em conselho científico, “para todos os que comprovada­mente não exerciam a profissão de direção e fiscalizaç­ão”.

“O que queremos é que seja entregue à arquitetur­a o que é da arquitetur­a, à engenharia o que é da engenharia, aos técnicos o que é dos técnicos”.

Craveiro Cabral refere ainda: “Em todos os países da Europa existem os técnicos. Comparando com o exército, o país só quer oficiais, não quer sargentos, e é isso que queremos mudar, mantendo os direitos dos mais antigos, e exigir a evolução dos mais novos. Podemos até mudar de nome, para não haver confusão”.

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