Ex-presidente do INEM foi arguido mas acabou ilibado
Durante a fase de instrução do processo, foram constituídos arguidos um total de 14 médicos, a pedido da mulher do doente que acabou por falecer. Entre os acusados estava Paulo Campos, ex-presidente do INEM que, em fevereiro de 2013, trabalhava no Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira.
Comum a todos os arguidos foi a atitude no processo: todos se remeteram ao silêncio, recusando esclarecer qual a sua concreta intervenção no tratamento do paciente Francisco Ferreira.
Quanto a Campos, Ana Cláudia Nogueira, juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Santa Maria da Feira, concluiu que não é possível imputar-lhe qualquer comportamento com contributo para o agravamento do estado da vítima.
O médico e ex-responsável do INEM – afastado do cargo em janeiro passado, por divergências com o Ministério da Saúde – contactou com o paciente entre as 20 horas do dia 19 e as 8 horas de 20 de fevereiro de 2013, na Unidade de Cuidados Intermédios. Neste período, efetuou três registos sobre o estado do doente e mandou realizar análises.
A juíza de instrução arquivou o processo quanto a Campos e mais 12 médicos e chegou ao ponto de dizer que não se percebe por que a mulher da vítima indicou aquele médico como suspeito.