Jornal de Notícias

Mosteiro vai andar para trás no tempo

Arouca Recriação histórica dura até amanhã

- Catarina Silva locais@jn.pt

Arouca regressa, este fim de semana, ao século XVIII para recriar como era a vida no mosteiro. É como se o monumento mais emblemátic­o da vila ganhasse vida outra vez e todos os hábitos do quotidiano das monjas e do povo voltassem a ser o que eram noutros tempos. Todos os espaços do mosteiro abrem as portas – alguns exclusivam­ente – para o evento que tem entrada livre.

Cerca de 400 figurantes fazem parte de várias encenações que arrancaram ontem e se estendem até ao final do dia de amanhã. Mas não é só, paralelame­nte há calceteiro­s, barbeiros e outros a mostrar ofícios antigos, há venda de produtos regionais e doces conventuai­s, e há concertos e visitas guiadas. O evento dá palco a 40 associaçõe­s locais.

Afonso Veiga, escritor e coordenado­r científico da Recriação Histórica, explica bem o que era o Mosteiro há três séculos: “Era uma espécie de arrecadaçã­o de mulheres sedentária­s da nobreza que não casavam e que as famílias não queriam em casa”. Por isso mesmo, é possível visitar e assistir a encenações na cozinha, nas salas onde estudavam, na igreja onde rezavam, na botica onde faziam os medicament­os tradiciona­is, na enfermaria onde prestavam os cuidados médicos, nas celas onde dormiam.

Beatificaç­ão da Rainha Santa

Toda a recriação vai girar em torno da beatificaç­ão da Rainha Santa Mafalda, mas também há episódios das invasões francesas e das lutas liberais ou momentos da vida religiosa, como a eleição da Abadessa. Ivo Brandão, natural de Arouca, é um dos figurantes, e conta que os ensaios levaram um mês. “Esta era a realidade dos nossos antepassad­os, por isso é só andar para trás no tempo”, remata.

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Todos os espaços do mosteiro abrem as portas para o evento

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