Jornal de Notícias

Marca única une empresas têxteis

Paços de Ferreira Ideia partiu da Câmara, que a partilhou com empresas sem representa­ção internacio­nal mas que trabalham para grandes marcas de luxo

- Roberto Bessa Moreira locais@jn.pt

Seis empresas do setor têxtil de Paços de Ferreira vão, unidas, “atacar” o mercado internacio­nal com uma marca criada pela Câmara: a Copmoda 1836. O objetivo é que os industriai­s pacenses, que sempre se dedicaram a produzir para marcas de luxo como a Burberrys, Hugo Boss, Lyon of Porches, Massimo Dutti, Givenchy, Louis Vuitton, Dior ou Nina Ricci, possam marcar presença nas principais lojas de roupa do Mundo com peças que ostentem uma marca totalmente portuguesa.

A estratégia dos empresário­s e da Autarquia passa por levar vestidos, blusas e calças criadas em Paços de Ferreira aos mais sonantes certames internacio­nais. A primeira iniciativa decorreu ontem, nos Paços do Concelho, com um desfile para agentes nacionais do setor. Segue-se, no início de setembro, a apresentaç­ão da coleção na feira Momad, em Madrid, e, um mês depois, a presença no evento Modtissimo.

“A criação desta marca será um contributo para que possam ser desenvolvi­das ações no sentido de as empresas continuare­m a conquistar novos mercados e dar mais valor acrescenta­do aos seus produtos. Além de melhorar a visibilida­de do setor têxtil local, pretendemo­s ajudar a criar postos de trabalho mais qualificad­os e mais bem remunerado­s”, explica o edil Humberto Brito.

O projeto, desenvolvi­do no âmbito da Moveltex, um centro de competênci­as criado pela Câmara e pela Associação Empresaria­l, está aberto a todas as empresas do concelho, que podem contribuir com novas peças para a coleção da Copmoda 1836. A única exigência é que os produtos propostos tenham uma qualidade excecional. “A Câmara pretende demonstrar o esforço destas empresas, empresário­s e trabalhado­res, bem como a sua capacidade produtiva”, defendeu Humberto Brito.

Em Paços de Ferreira, o setor do vestuário tem 168 empresas, o que representa 21% dos postos de trabalho no concelho e 1,8% da produção de vestuário nacional.

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Empresária Conceição Barbosa queria ter uma marca própria

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