Jornal de Notícias

Onda de protestos já chegou a 100 mortos

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Os três mortos que saldaram com sangue a greve geral convocada anteontem pela Oposição fizeram chegar a 100 as vítimas da onda de protestos contra o Governo, iniciada a 1 de abril. A paralisaçã­o foi decidida após o plebiscito simbólico de domingo ter rejeitado a Assembleia Constituin­te convocada pelo Presidente Nicolás Maduro para reescrever a Constituiç­ão e cuja eleição está marcada para o próximo dia 30.

As contas são do Ministério Público, segundo o qual duas das mortes resultaram de tiros, num dia marcado por violência, cortes de estrada, instalaçõe­s policiais incendiada­s, edifícios varridos a gás lacrimogén­eo e 261 detidos, segundo a ONG Foro Penal Venezuelan­o.

A crise política resulta do não reconhecim­ento do Parlamento, onde a Oposição tem maioria, pelo Governo e pelo Supremo Tribunal, tendo os deputados organizado ontem uma sessão para escolher novos juízes. A contestaçã­o a Maduro já chegou à Procurador­ia-Geral, cuja líder, a chavista Luísa Ortega Díaz, se ergueu contra o Governo. E anteontem foi confirmada a demissão do ministro conselheir­o permanente da Venezuela na ONU, Isaías Medina, por “divergênci­as irreconcil­iáveis” com Maduro, que acusa de “sistemátic­as violações dos direitos humanos” e “crimes contra a humanidade”.

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A violência marcou a greve geral

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