Casos de bullying chegam ao Parlamento
Famílias reúnem-se semanalmente com técnicos. Casos de agressão foram tema de debate no Parlamento
As famílias das crianças envolvidas nas situações de bullying na Escola EB1/JI do Lidador, na Maia, já estão a ter reuniões semanais com as equipas da Segurança Social que se encontram a acompanhar o caso. A informação foi confirmada ao JN por Joaquim Ferreira, presidente da Associação de Pais. O Ministério da Educação assegura “estar a acompanhar” a situação. O assunto chegou ontem ao Parlamento.
Emília Santos, vereadora do pelouro da Educação e Ciência da Câmara da Maia disse, ao JN, que “desde o ano passado têm sido realizadas reuniões, com os pais e com os representantes da escola e do agrupamento”. E assegurou que “este ano, ainda antes do início das aulas, voltou a haver uma reunião em que a Associação de Pais também esteve presente e cujo objetivo foi analisar os problemas, para evitar reincidências durante o novo ano letivo”.
Sandra Mendes, 35 anos, foi uma das mães que relatou ao JN as agressões de que o filho foi vítima na escola, “logo no primeiro dia de aulas”. “Seis alunos chegaram a ser referenciados”, contou.
Para Joaquim Ferreira, presidente da Associação de Pais, os episódios de violência “merecem toda a atenção” e os “encontros semanais das famílias com a segurança social são importantes”.
Segundo a vereadora, “no mês passado houve registo de uma situação pontual” e foram, “de imediato, tomadas medidas”. Emília Santos garante “não se tratar de um caso de falta de vigilância, porque a escola tem quatro assistentes operacionais acima do rácio”. Além disso, “tudo tem sido feito para encontrar soluções de integração”, acrescenta.
DEBATE NO PARLAMENTO
A secretária de Estado Adjunta da Educação elogiou ontem as decisões do agrupamento Dr. Vieira de Carvalho, por ter envolvido pais, autarquia e funcionários na resolução dos casos de bullying na escola. Na comissão parlamentar de Educação, interpelada pela deputada do BE Joana Mortágua, Alexandra Leitão destacou o envolvimento “de toda a comunidade educativa” com vista a aprendizagens saudáveis e “as ações de formação que envolvem os assistentes operacionais”.