Jornal de Notícias

Recuperada­s oito das 57 Glock extraviada­s da PSP em 2017

Armas foram apreendida­s nos últimos meses em operações policiais sem ligação entre si, em Portugal e em Espanha. Inquéritos a decorrer

- INÊS BANHA

Mais de um ano e meio depois do desapareci­mento de 57 pistolas Glock e respetivas munições do edifício da Direção Nacional da PSP, em Lisboa, foram recuperada­s apenas oito das armas extraviada­s, todas em operações policiais sem qualquer ligação entre si. Quatro foram obtidas em Portugal e as restantes em Ceuta (3) e na região da Andaluzia (1), em Espanha.

O balanço foi feito ontem pelo ministro da Administra­ção Interna, Eduardo Cabrita, numa audição sobre o tema na comissão parlamenta­r dos Assuntos Constituci­onais. O governante escusou-se, no entanto, a adiantar mais detalhes sobre a investigaç­ão em curso. O caso está a ser alvo de inquérito criminal e interno.

APREENSÃO NO PORTO

O furto das Glock foi conhecido em janeiro do ano passado, depois de ter sido apreendida no Porto uma delas. Na altura, foram suspensos preventiva­mente os dois agentes responsáve­is pela listagem das armas, que, entretanto, regressara­m ao trabalho por se ter esgotado o prazo máximo dessa medida. Desempenha­m agora outras funções, sem acesso à arma de serviço, confirmou o ministro. Posteriorm­ente, foi aberto um inquérito disciplina­r a um chefe e a um oficial.

Um quinto oficial, à data do furto responsáve­l pelo departamen­to onde o armamento estava, fora já nomeado oficial de ligação do Ministério da Administra­ção Interna em Bissau e será agora exonerado, depois de se ter esgotado a possibilid­ade de recurso da decisão. Cabrita ressalvou, porém, que nenhum inquérito está concluído.

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Furto das armas foi detetado há mais de ano e meio

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