Relação mantém pena de 25 anos a Pedro Dias
Defesa vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça
O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) decidiu manter a pena de prisão de 25 anos aplicada a Pedro Dias, o autor dos homicídios de Aguiar da Beira que andou fugido das autoridades, em 2016, durante 28 dias. Os desembargadores que apreciaram o recurso de Pedro Dias julgaram-no improcedente “em todas as questões” que tinham sido suscitadas pela defesa para pedir a revogação do acórdão condenatório do Tribunal da Guarda.
Antes mesmo de se inteirar dos argumentos do TRC, a advogada Mónica Quintela, que defende o arguido com Rui Silva Leal, avançou, ao JN, que interporá novo recurso, agora para o Supremo Tribunal de Justiça. A defesa deverá insistir que o arguido tem de ser absolvido dos homicídios de Liliane e Luís Pinto, por, alegadamente, não existir prova “direta” que ponha Dias a disparar uma arma da GNR contra o casal.
Quando ao homicídio de Carlos Caetano, militar da GNR, os advogados deverão pedir para que passe de “qualificado” (pena até 25 anos) a “privilegiado” (até cinco). Argumentarão que Dias só disparou porque, estando a ser agredido gratuita e violentamente por ele, descontrolou-se e pegou na arma que tinha consigo. A defesa invocará ainda vícios processuais que, a seu ver, impõem a absolvição do arguido por três crimes de furto.