Jornal de Notícias

Três pescadores continuam desapareci­dos

“Mestre Silva” naufragou com cinco homens a bordo

- ANA TROCADO MARQUES

Continuam desapareci­dos os três tripulante­s da traineira Mestre Silva que naufragou, na passada segunda-feira, a 19 quilómetro­s da costa, ao largo de Esmoriz. Ontem, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) manteve no local três embarcaçõe­s de Leixões, do Douro e de Aveiro, a corveta Jacinto Cândido e um helicópter­o, tendo recebido o apoio adicional de um navio hidroceano­gráfico, que se esperava pudesse ajudar nas prospeções, mas, até agora, nada dos três pescadores.

António Fangueiro, de 64 anos, Mohamad Joni, de 33, e Ardiansyah Nasution, de 26, continuam desapareci­dos. António Sousa, de 52 anos, vai hoje a enterrar.

ONDA FORTE E REPENTINA

O “Mestre Silva” naufragou na segunda-feira, pouco depois das 8 horas, com cinco tripulante­s a bordo. O mestre da embarcação e o único, até agora resgatado com vida, disse a José Festas, o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, que terá sido “uma onda mais forte e repentina” a virar o barco.

Não tiveram tempo de pedir socorro, nem de lançar a balsa. Rafael Silva, de 54 anos, foi resgatado pela Força Aérea uma hora e meia depois, agarrado aos destroços do barco de 12 metros, que se desfez por completo. António Sousa estava próximo, mas foi encontrado já sem vida. Os dois eram da Póvoa de Varzim. António Fangueiro, das Caxinas, Vila do Conde, continua desapareci­do, bem como os dois indonésios.

As buscas prosseguem hoje, no dia em que vai a enterrar a primeira vítima do naufrágio do “Mestre Silva”. O funeral de António Sousa é às 17 horas na Igreja de Aver-o-Mar.

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