Jornalista saudita terá sido morto em minutos
Caso levou Mike Pompeo a Ancara
No dia em que se conheceram pormenores escabrosos sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, desaparecido no consulado do seu país em Istambul, no dia 2, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, viu-se forçado a garantir que Washington não está a dar o benefício da dúvida à Arábia Saudita. Isto apesar de o presidente Trump defender Riade.
O colunista do “The Washington Post”, fugido de Riade por receio de represálias pelas suas posições contra o príncipe herdeiro Mohamed Bin Salman (MBS), terá sido morto e esquartejado em sete minutos.
Gravações citadas por jornais turcos dão conta de conversas do cônsul saudita (a pedir aos assassinos que tratassem do assunto fora dali), do médico legista que veio de Riade com os ditos agentes (vários da segurança pessoal de MBS) a mandar o diplomata calar e a sugerir aos outros que ouvissem música enquanto ele tratava do corpo. A versão do esquartejamento já fora aventada por fontes turcas a jornais turcos e americanos. Agora asseguram que começou com Khashoggi vivo, depois de drogado.
Enviado de emergência a Riade e a Ancara, Pompeo saudou a disposição saudita de cooperar com a investigação turca, o que dá sustento à tese que deverá ser assumida por MBS: a de que se tratou de um interrogatório que correu mal e do qual não teve conhecimento.