Técnico com sangue argelino e fã de Brahimi
Patrick Amghar Canto nasceu em França e tem ascendência argelina por parte da mãe
Em Vila Real, a motivação está em alta para o jogo de amanhã, frente ao F. C. Porto. O técnico do clube não esperava encontrar, logo na terceira eliminatória, o campeão nacional, mas confessa que tinha a esperança de, à medida que o clube ia evoluindo na prova, defrontar um grande do futebol português.
“A emoção é difícil de gerir”, confessa Patrick. “Para mim, é um prazer olhar para os jogadores e saber que vou ajudá-los neste desafio. Podemos ficar na história”, adiantou o treinador, de 41 anos, professor de educação física de profissão, que se estreou este ano no banco do Vila Real.
Patrick Amghar Canto nasceu em França, mas cresceu na cidade transmontana de Chaves. Os pais eram emigrantes. No nome do meio reside a ascendência argelina, da parte da mãe, que não nega, mas que tem pouco significado para ele. “O meu nome do meio – Amghar – é africano. O pai da minha mãe nasceu na Argélia, mas emigrou para França. Acabou por fazer lá vida, ao casar com uma francesa”, disse, acrescentando que foi lá que os pais se conheceram.
O avô materno nasceu no continente africano. Saiu da Argélia quando tinha um casamento marcado, por conveniência, que estava decidido a recusar. A fuga para França foi o único caminho, daí que, do lado materno de Patrick pouco se saiba, a não ser a nacionalidade. “Nunca estive na Argélia, e confesso que o país não me diz muito. Mas tenho lá família certamente. Um dia gostava de lá ir, mas só por curiosidade”, contou.
Yacine Brahimi, do F. C. Porto, é um jogador que aprecia. Não apenas por ser argelino, obviamente, mas pelas qualidades técnicas do extremo portista. De resto, apenas tem a curiosidade de acompanhar a seleção do país da mãe em grandes competições.