Jornal de Notícias

Jonas volta aos golos no triunfo sobre o Sertanense (3-0)

Sem deslumbrar, Benfica cumpre e segue em frente na Taça. Jonas, de regresso ao onze, apertou o gatilho e também marcou. Sertanense resistiu 35 minutos

- Arnaldo Martins arnaldo.martins@jn.pt

Com uma exibição intermiten­te, o Benfica impôs a lei do mais forte e venceu, por 3-0, o Sertanense, do Campeonato de Portugal, num jogo onde na reta final até deu para Rui Vitória fazer a vontade ao presidente Luís Filipe Vieira e apostar nos jovens “made in Seixal” como João Félix e Jota, este último em estreia absoluta na equipa principal. Com várias mexidas no onze, sobretudo na defesa onde Corchia jogou pela primeira vez e Alfa Semedo atuou como central, a formação encarnada demorou a entrar no jogo e deixou o tempo rolar, o que facilitou a tarefa defensiva do Sertanense, uma equipa sempre solidária e bem organizada.

Jonas, de regresso ao onze, após lesão, até atirou cedo para o fundo das redes (4m) mas estava em posição ilegal. Antes da recarga do avançado brasileiro, Rafa Santos, o guardião do Sertanense, tinha conseguido travar o remate de Rafa, o mais agitador e buliçoso em campo. O internacio­nal português ameaçou, aos 29 minutos, quando encheu o pé e fez a bola passar por cima da baliza e marcou mesmo, seis minutos depois, ao reagir rápido à defesa incompleta de Rafa Santos. O Sertanense, que chegou ao intervalo a perder, ainda deu um ar da sua graça nas transições, através de Tito e Davou, mas nunca colocou Svilar à prova.

FERREYRA E MAIS ENERGIA

Ao intervalo, Rui Vitória mudou o chip e abdicou de Gabriel, lançando o ponta de lança Ferreyra. O Benfica tornou-se mais ofensivo e a dinâmica também foi diferente, o que abriu mais espaços. Vai daí, Gedson aproveitou uma brecha na zona central e disparou um míssil que só parou no aconchego das redes. Um golo calibre extra que animou a noite em Coimbra. Com a missão praticamen­te cumprida, o Benfica continuou a atacar e Jonas, após uma boa rotação, também conseguiu picar o ponto, estreando-se a marcar na presente época, demonstran­do nos festejos algum desgaste e inconformi­smo por, nos últimos tempos, ter sido obrigado a ultrapassa­r vários problemas físicos.

Hugo Barbosa, num belo remate, espreitou o golo de honra, mas Svilar negou as intenções ao Sertanense, que, a jogar em casa emprestada, por falta de condições do estádio Marques dos Santos, deixou boa imagem e caiu de pé na grande festa do futebol português.

Rafa respira confiança e Gedson fez o golo da noite. Jonas salvou exibição esforçada com tento bem trabalhado. Yuri bem na esquerda. Tito e Davou merecem outros palcos e boas defesas de Rafa Santos. Na estreia no onze, Corchia esteve discreto e mostrou pouca rotina. Gabriel de baixa rotação saiu ao intervalo. Quebra física do Sertanense, que, na segunda parte, não conseguiu sair em transição. Jogo fácil para o árbitro portuense, que se limitou a cumprir as leis e teve apenas de exibir três amarelos. Fosse sempre assim e o futebol português agradecia.

 ??  ??
 ??  ?? O internacio­nal português foi o mais rápido a reagir à defesa incompleta de Rafa Santos e colocou o Benfica a vencer em Coimbra
O internacio­nal português foi o mais rápido a reagir à defesa incompleta de Rafa Santos e colocou o Benfica a vencer em Coimbra

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal