Liga culpa Andreia Couto por documentos na Internet
Ficheiros confidenciais da Liga na origem da saída da ex-diretora-executiva
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional avançou para o despedimento com justa causa de Andreia Couto, que foi diretora-executiva do organismo, por alegada conduta censurável e grave.
Em causa estão vários comportamentos da irmã do ex-futebolista Fernando Couto, nomeadamente de suposto desrespeito para com o presidente Pedro Proença, e também por, alegadamente, ter prestado uma falsa declaração: alegou que estaria a amamentar o filho, já com mais de um ano, com o intuito de beneficiar desse estatuto, sendo protegida por um parecer da Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego durante o processo disciplinar instaurado a 17 de abril e ainda num procedimento de extinção de posto de trabalho.
Porém, os motivos mais graves prendem-se com o facto de a Liga entender que Andreia Couto copiou documentos confidenciais para dispositivos digitais externos. Após publicação num blogue da Internet, a Liga requereu uma auditoria forense ao sistema informático. Assim constatou que o nome de utilizador referente a Andreia Couto teve acessos múltiplos aos ficheiros, pelo que o computador da ex-diretora foi disponibilizado à Judiciária. A PJ constatou que Andreia acedeu a diversos ficheiros do servidor da Liga e copiou-os para dispositivos externos até 17 de abril passado, quando foi determinada a sua suspensão.
A Liga não acusa Andreia de ter sido a autora da divulgação dos documentos, mas atribui-lhe responsabilidade, pois alguns ficheiros publicados em blogues estavam identificados com os mesmos nomes das cópias para discos externos.
Contactada pelo JN, a Liga não comentou o caso, por estar a “seguir o seu curso na justiça”.