Terrenos esquecidos começam agora a dar sinais de vida
Projeto para antigo campo do Lima prevê hotel e apartamentos enquanto na Boavista vão surgir dois prédios de escritórios
Dois grandes terrenos da cidade do Porto há muito desocupados começam agora a dar sinais de vida. Para o antigo campo do Lima está a ser pensado um empreendimento que inclui habitação, hotel e zona comercial e que deverá fazer parte de uma solução global para aquele quarteirão. Na zona da Boavista, está já em construção um conjunto de dois blocos de escritórios, no local onde era a estação de recolha de autocarros da Carcereira.
Segundo Tiago Violas Ferreira, CEO da holding Violas Ferreira, o designado Porto Office Park deverá abrir “em outubro de 2019” . Vai ocupar uma área bruta total de 31 mil metros quadrados e será dominado por dois edifícios centrais com oito andares e um parque de estacionamento subterrâneo. O responsável afirmou ao JN que a opção por este tipo de empreendi- mento é uma resposta às dificuldades, manifestadas por várias empresas, de encontrar escritórios de qualidade e com as infraestruturas adequadas às exigências atuais.
Desocupado desde que foi vendido pela STCP, em julho do ano 2000, na sequência do fecho da estação de recolha, o terreno em causa é limitado pela Avenida de Sidónio Pais e pelas ruas de Pedro Hispano, João Araújo Correia e Tenente Valadim. Quanto ao número de arrendatários, “estima-se quatro por cada edifício”, ainda segundo o responsável, que não adiantou quais as empresas interessadas em instalar-se no Porto Office Park. A parcela de terreno adjacente ficará reservada para “restaurante, ginásio e três campos de padel”, acrescentou.
Bem distinto é o empreendimento que a Vidór pensou para o antigo campo do Lima, há décadas sem destino. Hélder Agostinho, um dos gerentes da promotora imobiliária, disse ao JN que a ideia é incorporar o projeto “numa solução global para o quarteirão”, envolvendo o vizinho Académico F.C. (que vai ampliar as instalações) e também a Misericórdia do Porto, “que tem terrenos para a Rua da Constituição”.
Para já, a Câmara está a analisar um pedido para operação de loteamento. A Vidór pretende construir habitação, hotel e lojas. A necessidade de incluir o projeto numa solução alargada prende-se, segundo o responsável, com “a ideia de abrir um novo arruamento”. Tratando-se de um “quarteirão de grande dimensão”, pretende-se fazer uma ligação entre a Constituição e a Rua do Lima.