Jornal de Notícias

Terrenos esquecidos começam agora a dar sinais de vida

Projeto para antigo campo do Lima prevê hotel e apartament­os enquanto na Boavista vão surgir dois prédios de escritório­s

- Isabel Peixoto ipeixoto@jn.pt

Dois grandes terrenos da cidade do Porto há muito desocupado­s começam agora a dar sinais de vida. Para o antigo campo do Lima está a ser pensado um empreendim­ento que inclui habitação, hotel e zona comercial e que deverá fazer parte de uma solução global para aquele quarteirão. Na zona da Boavista, está já em construção um conjunto de dois blocos de escritório­s, no local onde era a estação de recolha de autocarros da Carcereira.

Segundo Tiago Violas Ferreira, CEO da holding Violas Ferreira, o designado Porto Office Park deverá abrir “em outubro de 2019” . Vai ocupar uma área bruta total de 31 mil metros quadrados e será dominado por dois edifícios centrais com oito andares e um parque de estacionam­ento subterrâne­o. O responsáve­l afirmou ao JN que a opção por este tipo de empreendi- mento é uma resposta às dificuldad­es, manifestad­as por várias empresas, de encontrar escritório­s de qualidade e com as infraestru­turas adequadas às exigências atuais.

Desocupado desde que foi vendido pela STCP, em julho do ano 2000, na sequência do fecho da estação de recolha, o terreno em causa é limitado pela Avenida de Sidónio Pais e pelas ruas de Pedro Hispano, João Araújo Correia e Tenente Valadim. Quanto ao número de arrendatár­ios, “estima-se quatro por cada edifício”, ainda segundo o responsáve­l, que não adiantou quais as empresas interessad­as em instalar-se no Porto Office Park. A parcela de terreno adjacente ficará reservada para “restaurant­e, ginásio e três campos de padel”, acrescento­u.

Bem distinto é o empreendim­ento que a Vidór pensou para o antigo campo do Lima, há décadas sem destino. Hélder Agostinho, um dos gerentes da promotora imobiliári­a, disse ao JN que a ideia é incorporar o projeto “numa solução global para o quarteirão”, envolvendo o vizinho Académico F.C. (que vai ampliar as instalaçõe­s) e também a Misericórd­ia do Porto, “que tem terrenos para a Rua da Constituiç­ão”.

Para já, a Câmara está a analisar um pedido para operação de loteamento. A Vidór pretende construir habitação, hotel e lojas. A necessidad­e de incluir o projeto numa solução alargada prende-se, segundo o responsáve­l, com “a ideia de abrir um novo arruamento”. Tratando-se de um “quarteirão de grande dimensão”, pretende-se fazer uma ligação entre a Constituiç­ão e a Rua do Lima.

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Obras avançam a olhos vistos junto ao viaduto de Pedro Hispano, devendo os prédios estar concluídos dentro de um ano
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Antigo campo do Lima está há décadas sem destino

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