Morre atropelado a poucos metros do bairro onde vivia
Amílcar Rocha foi colhido na passadeira quando ia ao café. Condutora ficou ferida
Amílcar da Silva Rocha morreu ontem atropelado a poucos metros de casa. Ia tomar o pequeno-almoço ao café perto do bairro S. Vicente de Paulo, em Baguim do Monte, Gondomar, onde vivia sozinho desde que a mulher morreu há cerca de um ano.
O homem, de 83 anos, foi colhido na passadeira por um carro que, após o ter atropelado, embateu num outro veículo que circulava em sentido contrário. Foi transportado para o Hospital de Santo António, no Porto, em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. A condutora sofreu ferimentos ligeiros.
“Foi uma vizinha que veio cá a casa dar-me a notícia. Vesti-me e, quando cheguei ao local, já estava inconsciente. Os médicos disseram logo que, devido aos ferimentos, não havia nada a fazer”, explicou ao JN a filha da vítima, Maria do Carmo Abreu que aquando do acidente ainda estava na cama.
“O meu pai era muito independente. Levantava-se cedo e ia ao café por volta das 7 horas. Era a rotina dele”, contou.
De acordo com Maria do Carmo, a passadeira onde o pai foi atropelado, na Rua D. António Castro Meireles, “é muito perigosa”. “Há muitos acidentes porque não tem visibilidade suficiente. É raro passar por lá porque tenho medo”, lamentou. No bairro onde vivia, a morte de Amílcar Rocha era ontem lamentada pelos vizinhos que o recordam como um homem “bom”, “educado”, “brincalhão”. “Tínhamos uma boa relação. Lembrava-me o meu pai”, disse Isaura Martins.
As cerimónias fúnebres estão marcadas para amanhã, pelas 10 horas, no cemitério de Baguim do Monte, em Gondomar.