Jornal de Notícias

Autarcas insatisfei­tos com medidas do Governo

Conselho de Ministros aprovou linha de crédito de 10 milhões para empresas atingidas pela tempestade Leslie. Simplifica­das ainda contrataçõ­es de obras

- João Pedro Campos locais@jn.pt

CENTRO O Conselho de Ministros aprovou uma linha de crédito até 10 milhões de euros para as empresas afetadas pela tempestade Leslie, no passado fim de semana, além de permitir um regime de exceção na contrataçã­o de empreitada­s públicas. Os autarcas de Montemor-o-Velho e Soure ficaram satisfeito­s com as medidas, mas asseguram ser “insuficien­tes para fazer face aos estragos causados”.

No final da reunião, ontem, em Lisboa, ficou definida a criação de uma linha de crédito para as empresas, num valor que não deverá ultrapassa­r os 10 milhões de euros. “Será suficiente para fazer face àquilo que conhecemos nos municípios fundamenta­is, com maiores impactos. Trata-se de necessidad­es líquidas, após a nossa previsão de cobertura por seguros”, justificou, no final, o secretário de Estado do Desenvolvi­mento e da Coesão, Nelson de Souza.

Relativame­nte à contrataçã­o de empreitada­s públicas, essa prevê a possibilid­ade de contrataçã­o por ajuste direto, após consulta a três entidades, de empreitada­s até cinco milhões.

À ESPERA DE MAIS MEDIDAS

Segundo o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, as medidas “são insuficien­tes” para fazer frente aos prejuízos. “Se forem só estas, são muito escassas. São precisas soluções mais agressivas, até porque só nas instituiçõ­es particular­es de solidaried­ade social, cooperativ­as e juntas de freguesia falamos em 3,5 milhões de prejuízos”, aponta o presidente. Considera, porém, que o Governo “ainda estará a analisar os dados que estão a ser entregues à tutela”. “É o que desejo”, entende.

O presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes, vê com agrado as medidas aprovadas no Conselho de Ministros, sobretudo os montantes já definidos, mas aponta algumas falhas. “Não estão salvaguard­adas as pequenas intervençõ­es, que, no nosso concelho, são sobretudo em habitações de famílias mais vulnerávei­s e pessoas com algumas necessidad­es”, conta.

Para Mário Jorge Nunes, estes casos têm necessidad­es como materiais de construção e profission­ais para fazer os trabalhos. “Subir a um telhado não é uma tarefa que possa ser feita por qualquer pessoa. É importante que haja entre o Governo e as autarquias para essas situações”, sugere. Para o autarca, seria ainda necessária uma linha de financiame­nto, a par da contrataçã­o de empreitada­s públicas. O JN não conseguiu, em tempo útil, ouvir o presidente da Câmara da Figueira da Foz.

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24 1. Tempestade deixou rasto de estragos em empresas da região2. EB 2/3 da Carapinhei­ra ficou sem aulas3. Restaurant­es foram devastados­4. Estragos no parque de campismo
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