Jornal de Notícias

Mathieu treina e aproxima-se do regresso

Defesa francês fica de fora com o Loures, mas luta para voltar à competição frente ao Boavista

- FILIPE RIBEIRO

Guarda-redes já jogou contra o Sporting e o Benfica

Aos 39 anos, Vítor Murta já defendeu a baliza de perto de uma dezena de clubes. Vai acabar a carreira onde começou, ou seja, no Vila Real, e não imagina melhor forma de a terminar: defrontar o F. C. Porto, campeão nacional, para a Taça de Portugal.

“Tenho uma paixão pelo Vila Real, que, além de ser o clube da minha terra, foi onde iniciei a carreira e estive mais anos. Sempre esteve no meu horizonte regressar e acabar a carreira aqui. Por isso, não poderia estar mais contente”, explicou o guarda-redes.

O vila-realense, natural de São Cosme, está intimament­e ligado ao maior feito do clube alvi-negro na Taça de Portugal. A presença nos quartos de final, em 2001/02. A formação, à época orientada por Quim Vitorino, sofreu uma derrota, no Monte da Forca, por 4-0, frente ao Sporting – Luís Filipe (2), André Cruz e Quaresma fizeram os golos. Bölöni era o treinador dos leões. “Defrontei, por duas vezes, o Sporting nos quartos de final. Primeiro no Vila Real e depois, em 2015, pelo Famalicão, num jogo em que defendi uma grande penalidade. Curiosamen­te, o resultado foi igual nos dois encontros”, contou.

PLENO COM OS GRANDES

Murta cruzou-se, ainda, com o Benfica, na Luz, quando defendia a baliza do Gil Vicente, na Liga. Ou seja, o F. C. Porto era o único dos grandes que lhe faltava defrontar. “Vai ser muito interessan­te para mim, aos 39 anos, mas também para o grupo. Temos jogadores muito jovens e isso vai ajudá-los a crescer. Os jogadores vão perceber um pouco daquilo que podem encontrar no futuro, se chegarem a profission­ais”, salientou.

Os anos de futebolist­a profission­al já lá vão e Murta – que trabalha de dia numa empresa de material desportivo, em Vila Real, para à noite se juntar ao grupo de trabalho, em mais um treino – espera honrar a camisola do clube e o nome da cidade transmonta­na onde nasceu.

Expulso com cartão vermelho direto após o final do jogo com o Rio Ave (1-1), por via de uma abordagem que o árbitro Tiago Martins achou insultuosa, o atacante da equipa minhota viu reduzida metade do castigo original (dois jogos de suspensão). Wilson Eduardo cumprirá a pena na Taça de Portugal, depois de amanhã, em Felgueiras, e já poderá jogar na oitava jornada da Liga, em Guimarães, na próxima sexta-feira.

O mapa de castigos revelou a razão alegada por Tiago Martins para a amostragem vermelho direto: “O jogador foi considerad­o expulso porque após o apito final do jogo dirigiu-se ao árbitro e disse: ‘És uma vergonha, ladrão de m..., já no ano passado nos roubaste em Vila do Conde’”.

O recurso do Braga argumentou pela reputação de um jogador que nunca tinha sido expulso em dez anos de carreira profission­al e só teve acolhiment­o parcial porque o Pleno do Conselho de Justiça da FPF também não revogou a multa inicial. Wilson sempre terá de pagar 1148 euros.

Seja como for, na prática, o atacante do Braga apanha pela mesma medida do colega Ricardo Esgaio, que também foi expulso do jogo com o Rio Ave, por acumulação de amarelos, e que cumprirá um jogo de suspensão, também na taça.

Ausente da competição desde 20 de setembro e já com duas lesões musculares sofridas esta temporada, o defesa central Mathieu luta para voltar à sua melhor condição. Ontem, a principal novidade na sessão de trabalho, em Alcochete, foi a presença do internacio­nal francês, que realizou treino condiciona­do e aos poucos vai ser integrado no grupo de José Peseiro.

Não é naturalmen­te opção para o jogo de amanhã, da Taça de Portugal, frente ao Loures, e provavelme­nte não deve estar também na receção dos leões ao Arsenal, na Liga Europa, no próximo dia 25, mas há a hipótese de que possa ser convocado para o duelo no campeonato com o Boavista.

Mathieu é peça prepondera­nte no conjunto leonino, como prova a estatístic­a da última temporada. Sob o comando de Jorge Jesus, alinhou em 48 partidas e marcou três golos, quase sempre ao lado de Coates. De regresso do Japão, onde na terça-feira jogou ao serviço da seleção do Uruguai, o central deve ser chamado à equipa. O Loures pertence aos escalões inferiores do futebol português, mas é, ainda assim, um obstáculo que está a ser respeitado no sentido de serem evitadas surpresas.

O macedónio Stefan Ristovski também regressou à academia depois dos jogos frente ao Liechtenst­ein e à Arménia.

De fora continuam Bast Dost e Raphinha, ainda a recuperar de problemas físicos. O holandês não faz qualquer minuto desde 18 de agosto.

A equipa realiza hoje às 10 horas o último treino antes do próximo jogo. À tarde, José Peseiro faz a antevisão do duelo com o Loures.

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