Jornal de Notícias

As meninas de ouro do futsal português

Seleção de sub-19 preparou durante mais de dois anos, período em que realizou 17 estágios, a conquista dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018

- Desporto@jn.pt FILIPE RIBEIRO

Jovens portuguesa­s no mais alto lugar do pódio, com as medalhas de ouro ao peito

O futsal português escreveu mais uma página em letras douradas. A seleção nacional conquistou, anteontem, em Buenos Aires, na Argentina, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, naquele que é, até ao momento, o maior feito do futsal feminino nacional. Uma conquista que começou a ser planeada a 13 de março de 2016, no primeiro estágio de preparação. O trabalho árduo deu muitos e bons frutos. Além da medalha de ouro, a equi- pa das quinas teve o melhor ataque (57 golos), melhor defesa (cinco) e venceu o prémio fair-play. Autora de 21 golos, Fifó também recebeu o prémio de melhor marcadora. Um arraso.

Depois da conquista do Campeonato da Europa da seleção masculina e do apuramento para o primeiro Europeu feminino, Portugal continua a demonstrar que o plano desenvolvi­do para o futsal é uma aposta ganha. Por goleada. O futsal feminino tem tido um cres- cimento exponencia­l, em qualidade e quantidade, contando atualmente com 4077 atletas federadas. Depois, o trabalho das seleções acaba por tirar o melhor rendimento das jogadoras. E a conquista em Bueno Aires só vem demonstrar que o futuro tem tudo para ser risonho. E muito ganhador.

Nos 17 estágios de preparação realizados pela seleção olímpica, nos quais marcaram presença 47 jogadoras com uma média de idades de 17 anos, o selecionad­or Luís Conceição observou futsalista­s de 30 clubes, de 12 associaçõe­s. Porém, só três emblemas acabaram por estar representa­dos na convocatór­ia final. O Benfica com cinco jogadoras, o Nun’Álvares, com quatro, e a Novasement­e, com Carolina Rocha. Todas elas jogam na equipa principal.

Após receber as felicitaçõ­es de Fernando Gomes, presidente da FPF, a seleção feminina foi, ontem, recebida na Embaixada de Portugal em Buenos Aires. O regresso a casa está marcado para depois de amanhã, com a chegada ao Aeroporto de Lisboa prevista para as 9.10 horas. Aí, espera-se mais um momento de grande festa para as mais recentes heroínas do futsal português, agora com adeptos e familiares.

O Juventude de Pedras Salgadas mostrou-se insatisfei­to pelo atraso, por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no envio dos bilhetes para o jogo da terceira eliminatór­ia da Taça de Portugal. Os ingressos para o encontro com o Chaves, da Liga, chegaram apenas no fim do dia de ontem, pelo que só estarão a partir de hoje à venda. Este problema afetou outros clubes transmonta­nos, como o Mirandela e o Montalegre.

“É inadmissív­el que, a três dias do jogo, a FPF ainda não tenha enviado os bilhetes. Se em Chaves, por exemplo, os adeptos não conseguire­m adquirir as entradas, vão chegar ao estádio sem bilhete e não vamos conseguir colocar toda a gente dentro antes do início do encontro”, desabafou Jorge Barroso, presidente do Pedras Salgadas. Já o Vila Real, que hoje recebe o F. C. Porto, teve de fazer quase 1000 quilómetro­s para levantar os ingressos. Fonte da FPF, sem justificar o motivo do atraso, assegurou que os bilhetes já foram emitidos e estarão hoje disponívei­s.

O Estádio da Portelinha tem capacidade para 2300 pessoas e já registou uma enchente na ronda anterior, em que o Pedras Salgadas afastou a Académica. O Chaves, que ficará com quase metade dos bilhetes, vai abdicar da sua parte da receita.

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