Jornal de Notícias

Adrián carimba póquer quatro anos após marcar o primeiro golo

Dragões goleiam (6-0) Vila Real na Taça

- Nuno A. Amaral nuno.a.amaral@jn.pt

O duelo era desigual, mas Adrián López fez questão de sublimar as diferenças entre o campeão nacional e um adversário dos escalões distritais. Mais de quatro anos depois de ter marcado aquele que era o único golo da conta pessoal ao serviço do F. C. Porto, o avançado espanhol aproveitou uma rara oportunida­de para ser titular no ataque dos dragões e fez um póquer em Vila Real. Não é engano. Adrián marcou mesmo quatro golos e foi decisivo para o triunfo da equipa portista, que se apurou sem problemas para a eliminatór­ia seguinte da Taça.

A motivação e resistênci­a dos transmonta­nos durou sete minutos, mas a primeira defesa da noite até foi de Fabiano, na úni- ca vez em que o Vila Real assustou o F. C. Porto. Logo a seguir, Óliver descobriu Adrián na outra área e o dianteiro revelou uma eficácia nada habitual para abrir o marcador. A noite era dele. Antes do intervalo, fez mais dois golos, primeiro a aproveitar um ressalto para colocar a bola no sítio certo, e depois na transforma­ção perfeita de um livre direto, provocado por uma falta que resultou na expulsão de Babo, um dos centrais dos anfitriões.

A ganhar por 3-0 e com mais um jogador em campo, o F. C. Porto tinha o jogo mais do que resolvido, mas o apetite pela baliza do Vila Real continuou bem patente na segunda parte. Quase duas semanas depois de uma derrota dolorosa no clássico com o Benfica, nada melhor do que uma goleada, sem olhar ao nome do adversário, para repor os níveis de confiança e foi isso que a equipa de Sérgio Conceição procurou.

Soares aproveitou mais uma assistênci­a de Óliver para fazer o 4-0 e Adrián López ainda voltou a molhar a sopa, antes de ser substituíd­o sob os aplausos ruidosos dos adeptos portistas. Se não foi coisa nunca vista, andou lá perto.

O resultado ficou fechado aos 66 minutos, com um golo que André Pereira também fez por merecer, e o Vila Real pôde, finalmente, respirar um pouco, salvando-se de um desfecho ainda mais pesado graças à boa exibição do guarda-redes Murta, que, aos 39 anos, mostrou qualidades com uma série de defesas vistosas. Para o F. C. Porto, segue-se a Champions, num cenário muito diferente do de ontem.

Bazoer deu boas indicações na estreia pelo F. C. Porto, embora o teste não tenha sido exigente. Os laterais João Pedro e Jorge também deixaram sinais interessan­tes. Óliver fez duas belas assistênci­as.

Numa posição mais recuada do que o habitual, Herrera falhou vários passes na primeira parte. Soares fez um golo, mas deixou muitos outros por marcar. O Vila Real só resistiu sete minutos.

Dúvidas num lance com André Pereira na área do Vila Real, aos 35m. A expulsão de Babo era inevitável, pois Bazoer foi derrubado quando seguia isolado para a baliza.

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Para lá do Marão mandou... Adrián López. O avançado espanhol assinou um póquer

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