Preços apelativos incentivam “escapadinhas”
As viagens dos portugueses continuam a crescer em 2018, não só para destinos internos, mas também para o estrangeiro, graças à descida de preços.
Os números do Instituto Nacional de Estatística até julho revelam que têm sido as dormidas de residentes (+3,3%) a compensar quebras na hotelaria (-0,3%). No caso das viagens para o estrangeiro, o INE contabilizou, no primeiro trimestre do ano, um aumento de 0,3 pontos percentuais, num total de 470,5 mil deslocações (10,5% do total).
A proporção de viagens ao exterior tem-se mantido mais ou menos estável na última década, mas representa bastantes mais viagens, uma vez que o número total de deslocações aumentou. Em 2009, os portugueses fizeram 17,5 milhões de viagens, das quais 1,7 milhões ao estrangeiro (10%), mas no ano passado fizeram 21,2 milhões de deslocações e os 10,4% de viagens ao estrangeiro já representaram 2,2 milhões.
O sistema de reservas da Travelport permite identificar mais pormenores no crescimento das viagens dos portugueses, este ano: no aumento de 7,8%, a maioria (58%) são viagens de negócios e 42% é férias.
António Loureiro, diretor regional da Travelport para Portugal e Espanha e Países de Língua Oficial Portuguesa, explica que este crescimento das viagens dos portugueses deve-se “ao aumento da necessidade de expansão das empresas portuguesas noutros mercados e a um crescimento considerável nas “escapadas” dos portugueses – graças à oferta com preços acessíveis para destinos europeus”.
Este ano, os destinos mais procurados pelos portugueses foram o Algarve, os Açores, Cabo Verde, Marrocos, Tunísia, República Dominicana, Cuba, México, a Madeira, São Tomé e Príncipe e o Brasil.