O duo romântico de “La Traviatta”
um dos papéis que sempre quis fazer, já é a segunda vez que o interpreto. “O Duque de Mantova” de “Rigolleto” também é dos meus preferidos.
Num papel como o de “Violetta” é fácil recriar a química com pares distintos?
Marina Costa-Jackson [MCJ]–É a quinta vez que que faço o papel de “Violetta”. Com alguém como o Luís, que tem base latina, é muito fácil criar “química” em palco. “Violetta” é o topo da técnica e interpretação. Quando alguém te elogia depois disso, é o máximo a que podes aspirar.
A parte performativa diferencia os intérpretes? LG –
A ópera é a arte performativa mais completa de todas. Por tudo o que envolve, temos de ser músicos e atores. É muito importante essa componente, é o que mantém a ópera viva. Não é o mesmo estar parado a cantar num recital ou a interpretar.
Para que a história seja percetível é essencial a parte dramática? MCJ–A
interpretação é fundamental, eu tenho de fazer chegar às pessoas o drama de “Violetta”, que apesar de ser rainha de Paris acaba por morrer. A parte interpretativa tem de ser forte o suficiente para conseguir envolver as pessoas.
Depois de ser um dos vencedores de Operalia a sua carreira ganhou uma nova dimensão? LG–É a competição mais importante para jovens cantores. Os participantes, os finalistas e os vencedores conseguem reunir muita atenção. Estando no júri diretores das maiores casas de ópera do Mundo, surgem imensos contactos.
É preferível estar constantemente a viajar ou estar num elenco fixo? MCJ–É
muito bom ver a resposta da audiência em diferentes culturas. Por exemplo, na Alemanha o público é muito reservado mas espera para falar no final. Na Rússia, como forma de agradecimento, batem palmas sincronizadas. É como se fizessem música para nós, como agradecimento.
É preferível cantar em casa? LG–Londres
é também a minha casa e a Royal Opera House é dos meus sítios favoritos. Mas o S.Carlos é um sítio muito bonito.