“Deve ser uma festa na casa do clube sorteado”
Pinto da Costa foi recebido na Câmara de Vila Real e deixou reparos às mudanças de campo
Recebido nos Paços do Concelho de Vila Real, Pinto da Costa defendeu que os encontros da Taça de Portugal, nesta fase, devem ser jogados nos campos dos clubes de divisão inferior, conforme regulamentado. “Para que isso se concretize, é necessário que se jogue na terra do clube sorteado. Sair o jogo em Vila Real e depois ir para Guimarães ou Penafiel, já não era uma festa, era apenas um jogo de futebol. Todos os jogos devem ser uma festa na casa do nosso adversário”, considerou.
Daí que, “desde a primeira hora, o F. C. Porto se predispôs a jogar no Monte da Forca”. “Foi com todo o gosto que, desde o início, nos dispusemos a jogar aqui. Não sendo a primeira vez que jogamos em Vila Real, é sempre com muito carinho que o fazemos”, disse o presidente portista, que aproveitou a deslocação a Trás-os-Montes para visitar a Casa do F. C. Porto, que inaugurou há dez anos.
Rui Santos, presidente da Câmara Municipal, agradeceu o facto de o clube portista ter “compreendido as circunstâncias de um clube mais pequeno”. “O F. C. Porto compreendeu e ainda colaborou para que se fizesse a festa em Vila Real, e para que se cumprisse o objetivo da Taça de Portugal”, sublinhou.
Na receção, que também contou com a presença do dirigente do Vila Real, Francisco Carvalho, o autarca local ofereceu lembranças alusivas aos símbolos vila-realenses, como o barro preto de Bisalhães e o Circuito Internacional de Vila Real.
UNIÃO FORA DE CAMPO
Aproveitando o ambiente único da Taça de Portugal, como há muito não se via no Monte da Forca, muitos adeptos quiseram fazer a festa mais cedo. Entre fêveras grelhadas e alguma bebida, Jorge Fernandes, adepto do Vila Real e do F. C. Porto, promoveu um convívio em que o mais importante não foi o resultado. “Aproveitamos para vir mais cedo e fugir à confusão. O jogo vai ser, certamente, dominado pelo F. C. Porto, mas, hoje, sou 100 por cento vila-realense”, contou.
Já Nélson Moura, adepto do F. C. Porto que viajou de Celorico de Basto, demonstrava grande expectativa antes do encontro. “Só quero ganhar por dois ou três a zero. O mais rápido possível para tranquilizar. De preferência na primeira parte”, atirou o entusiasta, antes da partida, desconhecendo que ia acertar em cheio.
Apesar do resultado, desfavorável aos locais, a festa fez-se mesmo dentro e fora do relvado.