Jornal de Notícias

Pais dizem que inquérito sexual partiu de uma entidade externa

Pedia-se aos alunos do 5.º ano que respondess­em se se sentiam atraídos por homens, mulheres ou ambos

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A Associação de Pais da Escola Francisco Torrinha, no Porto, revelou que o inquérito de teor sexual a alunos do 5.º ano foi distribuíd­o por uma “entidade externa” e sem “conhecimen­to prévio da Direção”. Numa “informação” publicada na página de Facebook da associação, explica-se que o inquérito de cariz sexual decorreu numa “unidade curricular da responsabi­lidade da diretora de turma”, e que esta, após ter sido confrontad­a pela mãe de um aluno, “afirmou não ter tido acesso prévio ao documento em causa”.

Recorde-se que alunos foram questionad­os sobre a sua opção sexual, concretame­nte se se sentiam atraídos por homens, mulher ou ambos. A associação de pais conclui agora que “a distribuiç­ão da ficha [...] teria sido evitável se tivesse havido uma prévia leitura da mesma, isto é, se tivessem sido cumpridas as normas internas em relação às parcerias”.

“A aula em causa foi dada pela Associação Plano i, no âmbito de uma parceria sem custos para a escola, decidida pela responsáve­l da unidade curricular, com autorizaçã­o da Direção/Coordenaçã­o da Escola”. Tal parceria, “já ocorrida em anos anteriores”, teve por base a “Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania”, na qual é afirmado ser desejável que se estabeleça­m parcerias com entidades externas.

A professora enviou a todos pais/encarregad­os de educação da turma, uma circular, em papel, com o logótipo de entidades públicas, cujo texto foi da responsabi­lidade da Associação Plano i, a informar os temas das seis sessões previstas sobre violência no namoro.

Era ainda indicada “a distribuiç­ão de um questionár­io sociodemog­ráfico”, de que “a Direção/Coordenaçã­o da Escola não teve conhecimen­to prévio”, o que viola os regulament­os do agrupament­o, que prevê uma análise prévia.

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