Arquiteto Guilherme Machado Vaz
Guilherme Machado Vaz tem 44 anos e é o autor do projeto de requalificação do antigo quarteirão da Real Vinícola, em Matosinhos. Hoje, nas instalações daquela que é “a única Casa da Arquitetura do país”, recorda o “grande significado que o espaço tem para as pessoas de Matosinhos”. Uma ligação que fez, aliás, com que quisesse “conservar ao máximo o valor patrimonial do complexo”. No fundo, explica, o objetivo foi, “desde o início, conceber um projeto que honrasse a memória de um espaço tão importante para Matosinhos”. Devolver à cidade “um espaço que esteve durante décadas ao abandono, sem descaracterizar a malha urbana” da zona, foi o desafio que Guilherme Machado Vaz superou. E a reação das pessoas, nomeadamente dos residentes, mostrou precisamente isso: “Há muita gente que vem a Matosinhos pela arquitetura”, afirma, adiantando que “é assim há muitos anos, até pelas grandes obras de Siza Vieira, que trazem estudantes e arquitetos de todo o Mundo à cidade”.
Hoje, quem visitar o concelho, que se “distingue pelos edifícios de arquitetura contemporânea”, encontra, também, várias obras do autor da requalificação da Real Vinícola. É o caso, por exemplo, do Centro Cívico e do campo de futebol de Custóias e de uma escola em Leça da Palmeira. Para o arquiteto, Matosinhos “tem potencial” para ser cada vez mais um ponto de encontro dos amantes da arquitetura. Numa cidade “com uma história tão importante”, Guilherme Machado Vaz não tem dúvidas: “As pessoas dão valor aos lugares e criam laços”.