NÍVEL DE DIFICULDADE AUMENTA CONSOANTE A IDADE DO JOGADOR. PÚBLICO-ALVO ABRANGE JOVENS ATÉ AOS 16 ANOS
Quem conhece a cidade de Guimarães vai reconhecer facilmente os palcos do videojogo Eco-Afonsinho, uma aplicação lúdica e didática que chega à Google Play Store e App Store uma semana antes do Natal, e que visa sensibilizar os jogadores para a adoção de comportamentos amigos do ambiente.
No Eco-Afonsinho, o jogador veste a pele de um pequeno D. Afonso Henriques que percorre as ruas da Cidade Berço a praticar ações que contribuem para a sustentabilidade ambiental. Só assim consegue subir de nível.
“O objetivo é criar uma maior consciência ambiental nos mais novos. Já sabemos que é forte, mas achamos que a partir do momento que introduzimos uma ferramenta que eles gostam de usar, pode ser mais eficiente”, explica Jorge Cristino, presidente do Laboratório da Paisagem de Guimarães.
Esta entidade é a responsável pelo projeto Eco-Afonsinho, juntamente com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave. Candidataram o plano ao Fundo de Eficiência Energética e obtiveram uma comparticipação monetária para financiar o jogo que está orçado em 102 mil euros.
O consórcio olhou para o Eco-Afonsinho como “algo que visa sensibilizar para comportamentos, nas camadas mais jovens”, completa Rosário Azevedo, secretária-executiva da CIM do Ave. Como tal, vão ser os jovens de Guimarães a testar o jogo antes deste ficar disponível nas lojas virtuais. Atualmente o jogo está pronto e decorre a fase de testes. O objetivo é que a aplicação esteja disponível “na semana que antecede o Natal”, anuncia Jorge Cristino.
Para já, é possível assistir ao “teaser” que a organização lançou, onde se pode ver um pequeno D. Afonso Henriques a percorrer os principais espaços de Guimarães, como o castelo, o Paço dos Duques, o Estádio D. Afonso Henriques e o Convento de Santa Clara. Os gráficos não são ultradefinidos e a jogabilidade é retro em 2D, típica de clássicos como os primeiros Legendo of Zelda ou Pokémon.
Ainda que o Eco-Afonsinho esteja feito para jovens, Jorge Cristino e Rosário Azevedo não têm dúvidas de que também vai fazer a delícia dos adultos: “Acaba por chegar mais facilmente ao agregado familiar, porque o aluno vai chegar a casa e mostrar aos pais”.
No futuro, a ideia é que o projeto seja replicado nos outros sete concelhos da CIM do Ave. No caso de avançar, a ideia pode fazer com que, por exemplo, o personagem animado de D. Afonso Henriques dê lugar à personagem da icónica Maria da Fonte, figura emblemática do concelho vizinho da Póvoa de Lanhoso.