Detido por agredir mulher durante 46 anos de casamento
GNR também deteve feirante que maltratou companheira grávida. Agressores fora de casa
Dois homens foram detidos pela GNR por violência doméstica. Um deles, de 35 anos e residente em Amarante, começou a bater na companheira quando esta estava grávida do filho de ambos. O outro é um reformado de 72 anos, de Paredes, que agrediu e insultou a mulher ao longo de 46 anos de casamento. Na última situação, atingiu-a violentamente na cabeça com um pau.
Ambos os agressores foram, depois de sujeitos a primeiro interrogatório judicial, libertados com a condição de não voltarem a contactar as vítimas.
Num dos casos, os militares do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas de Penafiel da GNR apuraram que um feirante de Amarante não controlava os ciúmes e agredia, insultava e ameaçava a companheira regularmente. E nem quando a vítima engravidou se livrou de ser maltratada.
Farta das agressões, a mulher colocou um ponto final na relação, mas o feirante aproveitava os momentos em que ia buscar o filho para continuar com os insultos.
Já o reformado sempre maltratou a mulher com quem casou há 46 anos. Aliás, as chapadas, pontapés e insultos faziam parte da rotina diária do casal que vive em Paredes.
No último episódio, o antigo empresário do setor do mobiliário utilizou um pau para agredir, repetidamente, a mulher na cabeça, causando-lhe ferimentos que a obrigaram a receber assistência hospitalar e a denunciar o caso à GNR.
Dois polícias impediram que um automobilista detido levasse para a esquadra de Custoias, Matosinhos, a filha de três anos, que dormia na viatura. A criança ficou, durante 30 minutos, sozinha no carro e apenas sob alegada vigilância de populares que se encontravam na rua.
Os agentes – um dos quais detido no âmbito dos desacatos provocados, no início de setembro, por cinco membros da claque do Boavista num restaurante dos Açores, num processo que tem três presos preventivos – foram acusados pelo Ministério Público e pronunciados por crime de abuso de poder e começam a ser a julgados amanhã no Tribunal de Matosinhos. O condutor envolvido no caso está indiciado por resistência e coação sobre funcionário.
CRIANÇA DEIXADA SOZINHA
O caso ocorreu em outubro de 2016, quando um técnico de vendas de 51 anos parou o carro em segunda fila, a fim de esperar que a mulher regressasse das compras na feira de Custoias. Segundo o despacho de pronúncia para julgamento, nesse período, surgiu um polícia que informou o condutor de que estava multado e que ordenou que retirasse o carro do local. A ordem foi acatada mas, logo de seguida, o técnico de vendas dirigiu-se ao agente para lhe dizer que achava a multa injusta. E referiu que pretendia falar com o seu superior hierárquico.
Perante os protestos, o polícia solicitou os documentos de identificação ao automobilista e, dada recusa deste, argumentando tratar-se de injustiça, deu-lhe voz de detenção.
Indignado, o condutor empurrou o agente que, de imediato, imobilizou o técnico de vendas. Na ocasião, um segundo polícia chegou ao local e ajudou a levar o automobilista para a esquadra.
Foi então que o detido alertou para a presença da filha no banco traseiro do carro, pedindo para a levar consigo. A solicitação foi negada pelos agentes, ainda que um deles tenha pedido a transeuntes para ficarem junto do veículo.
Só 30 minutos depois de ter chegado à esquadra é que o pai teve autorização para, na companhia de um dos polícias, ir buscar a criança, que ainda se encontrava a dormir. “Ao deixarem que uma criança de três anos ficasse sozinha” num carro, os arguidos atuaram de modo a “criar perigo para a vida e/ou integridade física da dita criança”, refere o despacho de pronúncia.