Centenas na rua para exigir nova ala pediátrica
Cordão humano pela construção urgente no S. João. Duvidam do início das obras em janeiro
Foi o filho de Jorge Pires, presidente da recém-criada Associação Pediátrica Oncológica, que está doente, quem teve a ideia de simbolicamente organizar um cordão humano que colocasse na agenda política a “urgência da construção da ala pediátrica no Hospital de São de João”. E assim aconteceu. Cerca de 400 pessoas deram ontem as mãos e em marcha lenta contornaram os contentores que servem de hospital pediátrico há oito anos, para as crianças que padecem de doenças oncológicas.
“Ouvi dizer que as obras arrancavam em janeiro, mas já sei que tal não é possível”, disse Jorge Pires, explicando que falou “com o arquiteto responsável pelo projeto da obra feito em 2012 que disse que neste período houve um avanço tecnológico, e por isso, terá de reunir com a administração do hospital e antes de abril do próximo ano não há nenhum papel feito, porque não é possível”.
“A nova ministra [Marta Temido] esteve envolvida num memorando em que foi decretada a urgência da construção da ala pediátrica, não tem razões para dizer que não conhece nem o projeto nem o problema”, acrescentou.
“Temos é o problema de saber se o ministro das Finanças liberta ou não liberta os fundos para que a obra se faça”, adiantou.
“O meu filho há sete anos que necessita de receber tratamento no hospital e as condições são muito más”, disse, por sua vez, Lidiane Silva, mãe de William, de 10 anos. “Assistimos ao jogo do empurra. O Governo anterior culpa este Governo, este Governo culpa o anterior” “Os médicos e os funcionários precisam de um local de trabalho decente”