Salvio para a história e Felipe não pára
Poupado a esforços na Taça de Portugal, o avançado argentino fará amanhã, em Amesterdão, o jogo número 250 com a camisola encarnada. Em final de contrato, ataca marca de Gaitán
Apresentou-se à Luz por empréstimo do Atlético Madrid, em 2010/11, e deixou marca com 10 golos em 39 jogos. Foram números suficientemente atrativos para o Benfica o contratar aos colchoneros, já no verão de 2012, por um valor a rondar os 11 milhões de euros. Daí para cá, não mais trocou de clube e, amanhã, frente ao Ajax, em Amesterdão, na terceira jornada da Liga dos Campeões, cumprirá uma marca histórica, ao realizar o jogo número 250 com a camisola encarnada.
Nos 114 anos de história do Benfica apenas 40 jogadores têm mais partidas de águia ao peito do que Salvio. No que toca a estrangeiros, são apenas quatro. Em qualquer um dos casos, o argentino, de 28 anos, tem imediatamente à fren- te o compatriota Nico Gaitán. Em final de contrato e com as negociações para a renovação aparentemente paradas, percebe-se que Salvio ultrapassará o registo de Gaitán, pois mantém o estatuto de imprescindível para Rui Vitória. Se vier a prolongar a ligação às águias, então poderá almejar a entrada no pódio dos estrangeiros com mais jogos pelo Benfica.
Aliás, não fossem as lesões e Salvio já estaria numa posição de ainda maior destaque na história do futebol do Benfica. Em 2013/14, por exemplo, um problema num joelho impediu-o de disputar 32 partidas; em 2015/16, com a mesma lesão, falhou 34 jogos. Foram as duas maiores paragens a que esteve sujeito devido a questões físicas, mas há outras nos registos.
A verdade é que conseguiu recuperar de ambas e voltar a evidenciar os níveis de qualidade que levaram o Benfica a contratá-lo. Na passagem de Jorge Jesus para Rui Vitória manteve o estatuto de imprescindível. Agora, é uma glória viva do Benfica. Poupado na Taça de Portugal, com o Sertanense, voltará amanhã ao onze, num palco de má memória, pois perdeu lá a final da Liga Europa 2012/13, contra o Chelsea.